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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A frase assustadora de um ministro do STF resume o governo Bolsonaro

Ou... como o Supremo foi a sociedade durante quatro anos...

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 nov 2022, 11h07
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  • “Desde fevereiro de 2019 nós estamos sem dormir”.

    A declaração de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que compôs a excelente reportagem de capa de VEJA desta semana – assinada pelos repórteres Reynaldo Turollo Jr., Laísa Dall’Agnol e Sérgio Quintella – mostra o tamanho do abismo institucional que o país chegou já no início do governo Jair Bolsonaro.

    Líder da extrema-direita brasileira que desejou rasgar a constituição – e o pacto Republicano de 1988 -, o presidente usou todas as armas para manchar a imagem da corte. Aliás, não só manchar, mas ir minando a imagem do tribunal perante os brasileiros com um projeto de poder autocrático que incluiu inúmeros arroubos contra a toga.

    Como muito bem lembrou a carta ao leitor da revista, Bolsonaro chegou a dizer – em frente a uma claque radical que pedia a volta do AI-5, ato da ditadura militar que institucionalizou o fim da democracia – que não cumpriria decisões do STF.

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    De fevereiro de 2019 para cá, o presidente manteve uma postura extremista e virulenta que colocou o Supremo em total alerta. Por isso, não é estranho que um ministro diga que os magistrados estão sem dormir há exatos 45 meses.

    Como também lembrou a revista, o Iluminismo demonstrado por boa parte dos magistrados, que se uniu contra o bolsonarismo radical, salvou o país de entrar novamente no caminho maldito, como definiu Ulysses Guimarães. É como os colegas de toga serão eternamente lembrados por historiadores: eles seguraram a bandeira democrática.

    “A sociedade foi Rubens Paiva, não os facínoras que o mataram”, também diria o Dr. Constituinte. Pois bem, a sociedade foi o Supremo não o facínora que se sentou na presidência da República.

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