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Exercício intenso reduz impulso por comida gordurosa

Estudo mostra que, durante dieta, atividades físicas são benéficas para obter controle sobre os desejos por alimentos não saudáveis

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2022, 17h42 - Publicado em 26 abr 2022, 18h42
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    Prática de exercícios físicos são importantes para prevenis várias doenças cardíacas e obesidade (Tom Merton/OJO Images/Getty Images)

    Um estudo feito pela Universidade Estadual de Washington mostra que exercícios físicos intensos, durante período de dieta, reduzem o impulso por consumir alimentos gordurosos. O fenômeno, chamado por especialistas de “incubação do desejo”, foi testado em ratos que se exercitaram intensamente enquanto estavam em dieta de 30 dias. Durante esse tempo, eles resistiram a todas as sugestões de alimentos ricos em gordura. A descoberta sugere também que o exercício modulava o quanto os ratos estavam dispostos a trabalhar para obter pistas associadas aos petiscos que ansiavam comer.

    “O estudo indica que o exercício pode reforçar a restrição quando se trata de certos alimentos. Uma parte realmente importante de manter uma dieta é ter poder cerebral, ou seja, a capacidade de dizer ‘não’ e se abster’”, disse Travis Brown, pesquisador de fisiologia e neurociência da universidade norte-americana. “O exercício pode ser benéfico não apenas para a perda de peso, mas também obter controle sobre os desejos por alimentos não saudáveis”, completou Brown, autor do estudo publicado na revista Obesity.

    No experimento, Brown e pesquisadores da WSU e da Universidade de Wyoming colocaram 28 ratos em um treinamento com uma alavanca que, quando pressionada, acendia uma luz e fazia um barulho, antes de dispensarem uma pastilha com alto teor de gordura. Os ratos foram divididos em dois grupos: o primeiro foi submetido a um regime de corrida em esteira de alta intensidade; o outro não teve nenhum exercício adicional fora de sua atividade regular. Ambos os conjuntos de ratos tiveram acesso negado aos petiscos ricos em gordura durante 30 dias. No final desse período, os pesquisadores deram aos ratos acesso às alavancas. Os animais que não se exercitaram pressionaram as alavancas muito mais vezes do que os ratos que se exercitaram, indicando que o exercício diminuiu o desejo pelas pastilhas gosdurosas.

    Nos próximos estudos, a equipe de pesquisa planeja investigar o efeito de diferentes níveis de exercício nesse tipo de desejo, bem como o exercício funciona exatamente no cérebro para conter a vontade por alimentos não saudáveis. Embora seja uma pesquisa nova, Brown disse que se baseou no trabalho de Jeff Grimm, da Western Washington University, que liderou a equipe que primeiro definiu o termo “incubação do desejo” e estudou outras maneiras de subvertê-lo. Também creditou o estudo de Marilyn Carroll-Santi, da Universidade de Minnesota, que mostra que o exercício pode diminuir o desejo por cocaína.

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    Mas como o próprio pesquisador apontou: nem todos os alimentos parecem ter um efeito viciante: “Ninguém come brócolis compulsivamente”, disse. No entanto, as pessoas parecem responder a sugestões de anúncios de fast-food, por exemplo, que as incentiva a ingerir alimentos ricos em gordura ou açúcar, que podem ser mais difíceis de resistir em longos períodos de dieta.

    “A capacidade de desconsiderar esses sinais pode ser mais uma maneira pela qual o exercício melhora a saúde”, afirmou Brown. “O exercício é benéfico sob várias perspectivas: auxilia com doenças cardíacas, obesidade e diabetes; e também pode ajudar na capacidade de evitar alguns desses alimentos mal adaptados. Estamos sempre procurando por essa pílula mágica de alguma forma, e o exercício está bem na nossa frente com todos esses benefícios”, finalizou.

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