Na última semana de mandato à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR), em que pretende apresentar denúncia contra o presidente Michel Temer por obstrução da Justiça, o procurador-geral, Rodrigo Janot, estará sob julgamento no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em um pedido de suspeição apresentado pela defesa de Temer. O mandato de Janot termina em 17 de setembro. No dia 18, a sucessora dele, Raquel Dodge, tomará posse no cargo.
A defesa do peemedebista alega que o procurador-geral tem perseguido o presidente, age por motivos políticos e não teria condições de continuar conduzindo as investigações contra Temer. O ministro Edson Fachin, relator do pedido, já decidiu a favor de Janot, que não se considera suspeito. Diante de recurso da defesa, Fachin decidiu nesta sexta-feira levar a ação para julgamento no plenário. O item é o primeiro da pauta de julgamentos do dia 13 de setembro, próxima quarta-feira.
Sob o crivo dos onze ministros do STF, Rodrigo Janot sairá do julgamento ou impedido ou com aval para apresentar a segunda denúncia contra Michel Temer, investigado por organização criminosa e obstrução de investigação. A primeira acusação da PGR contra o presidente, por corrupção passiva, foi rejeitada pela Câmara dos Deputados no início de agosto.
Além de Temer, Janot ainda pode denunciar deputados federais do PMDB, no inquérito do “quadrilhão” do PMDB da Câmara.
(com Estadão Conteúdo)