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Noronha vota para restringir foro no STJ; Salomão pede vista

STJ julga caso de um conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal que supostamente cometeu crime enquanto deputado

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 16 Maio 2018, 21h00 - Publicado em 16 Maio 2018, 20h59
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  • O ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), defendeu, em sessão da Corte Especial do tribunal nesta quarta-feira (16), a restrição da prerrogativa de foro para os cargos julgados pelo STJ nos mesmos termos definidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no início do mês. O Supremo limitou o foro privilegiado de deputados e senadores a crimes cometidos durante o mandato e em função do cargo. Após a fala de Noronha, o ministro Luís Felipe Salomão pediu vista e afirmou que divulgará seu voto na próxima sessão. Em seguida, a ministra Thereza Moura pediu para antecipar seu voto.

    O STJ é responsável por julgar os processos de governadores, desembargadores de Tribunais de Justiça e membros de Tribunais de Contas dos Estados. Os ministros da Corte Especial, formada pelos 15 ministros mais antigos do tribunal, julgam, concretamente, o caso de um conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal que supostamente cometeu crime enquanto ocupava cargo de deputado distrital. Para esse caso, Noronha votou que o processo seja enviado à primeira instância.

    O ministro Mauro Campbell apresentou questão de ordem no processo para que se decidisse se a ação seria afetada pela decisão do STF. Campbell destacou que o Supremo, na sessão do início de maio, pode apreciar a tese, apresentada pelo ministro Dias Toffoli, de que a restrição seja estendida a todas as autoridades. O ministro acredita que a extensão da nova regra precisa ser definida pelo STF ou pelo Congresso Nacional.

    Por outro lado, João Otávio Noronha defendeu que o STJ possa “interpretar normas constitucionais”. “Não posso concordar com a assertiva que essa Corte não pode fazer sua interpretação sobre a própria competência. Isso é ‘apequenar’ o papel dessa Corte”, disse Noronha.

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