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Janja X Lava-Jato: o que está em jogo na escolha do futuro ministro do STF

Lula escolherá sucessor de Rosa Weber munido de decepções em indicações anteriores e pressão por emplacar uma mulher no cargo

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 ago 2023, 13h09 - Publicado em 27 ago 2023, 13h03
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  • Entusiasta da escolha de uma mulher para a vaga a ser aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF) em outubro, a primeira-dama Janja fez chegar a candidatos ao posto o relato de que a turbulenta relação do presidente Lula com a Corte ao longo da Lava-Jato deverá ser um fator crucial para escolha do futuro magistrado. O recado embute a interpretação, segundo supremáveis, de que só Lula viveu as agruras de ver indicados do PT lhe virarem as costas quando o ex-juiz Sergio Moro decretou sua prisão e que, por isso, embora Janja de fato prefira uma mulher na vaga, ele buscará nomes em quem possa confiar e que necessariamente sejam críticos à operação.

    Lula se ressente, por exemplo, de a ministra Cármen Lúcia, indicada por Lula em 2006, não ter pautado, quando era presidente do STF entre 2016 e 2018 – auge da ofensiva lavajatista contra o petista – o julgamento que discutia a legalidade das prisões após condenação em segunda instância e que poderia, em tese, dar-lhe sobrevida fora da cadeia. O sucessor de Cármen, Dias Toffoli, também alvo de mágoa do presidente, só agendou a discussão do tema mais de um ano após ter assumido o posto mais alto da Corte, além de ter tomado decisões que afetaram diretamente o petista, como a negativa para que fosse ao velório do irmão, morto quando Lula estava preso em Curitiba.

    Com o histórico de suas antigas indicações e a Lava-Jato no retrovisor, Lula tem recebido relatos de que uma saída para amainar a pressão  seria a eventual escolha da advogada Daniela Teixeira para uma vaga de ministra no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ela entrou na lista tríplice formada na quarta-feira 23 e terá o nome avaliado pelo Palácio do Planalto.

    No campo de aversão à Lava-Jato, dois nomes despontam como favoritos – o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas e o advogado-geral da União Jorge Messias. Ambos são críticos aos métodos de investigação tocado pela equipe do ex-procurador Deltan Dallagnol. No início do ano, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral disse que mentiu sobre acusações a Dantas, a quem havia mencionado como destinatário de dinheiro para beneficiar empresários, depois de ter sido induzido pela Polícia Federal e pelo Ministério Público no que ele classificou como “um esforço de desmoralizar todo mundo”.

    Messias, por sua vez, tornou-se conhecido do grande público depois que a então presidente Dilma Rousseff disse a Lula, em uma interceptação telefônica monitorada pela polícia, que estava enviando por meio de “Bessias” o termo de posse para o petista assumir a Casa Civil. A manobra, interpretada na época como uma burla à Justiça para dar foro privilegiado a Lula e retirar o caso do presidente da alçada de Sergio Moro, acabou anulada pelo ministro Gilmar Mendes, do STF.

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