O decano do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, tem reiterado uma pergunta pertinente: por que começar as reformas constitucionais necessárias ao Brasil pela Corte?
“Como já afirmei, é estranho que se decida começar a reforma constitucional pelo tribunal. Se formos olhar, todos [no Congresso] foram quase que compassivos com as investidas do Bolsonaro em respeito à aprovação de todas as medidas […] e nós na defensiva o tempo todo”, afirmou o ministro em conferência na Alemanha sobre as investidas do Senado contra o STF.
É importante lembrar que todo projeto autoritário começa pela imposição de limites ao Judiciário. Bolsonaro tentou fazer isso em seu mandato. Mas só para trazer um exemplo recente: Benjamin Netanyahu propôs cortar poderes do Judiciário e a população em Israel se rebelou.
Antes de se iniciar o conflito Hamas-Israel, os israelenses estavam indo às ruas constantemente contra a reforma que o primeiro-ministro israelense pretende impor ao sistema de justiça daquele país.