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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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A ofensiva do PSOL contra as milícias após o desfecho do caso Marielle

Deputados do partido querem apresentar uma PEC para tornar federal qualquer investigação sobre esses grupos criminosos

Por Bruno Caniato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 11h05 - Publicado em 25 mar 2024, 10h52

Deputados do PSOL deram início  no domingo, 24, à coleta de assinaturas para apresentar na Câmara dos Deputados o texto da PEC das Milícias. A proposta de emenda à Constituição cria um mecanismo legal para que a Justiça Federal possa assumir as investigações de crimes envolvendo grupos milicianos nos estados.

A ação do partido ocorre na esteira da prisão do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, por suspeita de planejar o assassinato da vereadora do PSOL Marielle Franco, morta a tiros na capital fluminense em 14 de março de 2018. O texto da PEC é assinado pelos deputados Talíria Petrone, Henrique Vieira, Tarcísio Motta e Chico Alencar, todos eleitos pelo RJ.

Atualmente, a Constituição já dá ao procurador-geral da República (PGR) o direito de transferir investigações estaduais à Justiça Federal em casos de grave violação de direitos humanos previstos em tratados internacionais assinados pelo Brasil. Pelo rascunho da PEC, a mesma transferência seria possível nas hipóteses de “atuação de grupos paramilitares com envolvimento de agentes do estado” — em qualquer situação, a mudança de jurisdição precisa ser aprovada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Cerco aos mandantes do assassinato

Além de Rivaldo Barbosa, no último final de semana, a Polícia Federal prendeu preventivamente os irmãos Chiquinho Brazão, deputado federal (União Brasil-RJ), e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). Os três são os principais suspeitos de contratar o ex-policial militar Ronnie Lessa para assassinar Marielle Franco.

As ordens de prisão, bloqueio de bens e afastamento dos cargos foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta segunda-feira, 25, a Primeira Turma do STF formou maioria para manter os mandados assinados por Moraes — falta apenas o voto do ministro Luiz Fux, que tem prazo para ser proferido até 23h59 desta segunda.

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