Depois de demorar dois meses além do previsto para fornecer ao Supremo Tribunal Federal informações sobre as chamadas emendas do relator ao Orçamento da União, o Congresso mandou os dados incompletos. Levantamento do jornal O Globo mostra que foram fornecidos apenas 30% dos dados sobre os responsáveis pelas emendas, as quantias e quais cidades receberam os recursos.
Uma transparência de faz-de-conta, porque 70% das informações continuam sendo protegidas por conveniente e inaceitável sigilo. Ou seja, o segredo segue sendo a alma dos negócios no Legislativo.
Contra isso o Judiciário não tem muito o que fazer sem correr o risco de abrir uma crise em momento delicado das relações entre os Três Poderes.
Nesse ambiente, os pretendentes a governar o Brasil não dão uma palavra sobre o assunto nem apresentam propostas para desarmar essa bomba de dominação total do Orçamento. E por que não falam nada? Porque não querem confusão com políticos dos quais precisam de apoio na corrida eleitoral.