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JBS diz ao STF que sua delação é a ‘mais efetiva’ já fechada

Advogados comparam acordo de colaboração da empresa com os de executivos das empreiteiras Odebrecht, UTC, Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 21h22 - Publicado em 14 jun 2017, 15h09
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  • Joesley Batista - 10/06/2013
    Joesley Batista - 10/06/2013 (Eliária Andrade/Agência O Globo)

    Em petição encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), advogados que irão defender o acordo firmado pelo Grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, sustentam que a delação dos empresários é a mais efetiva já homologada pela Corte. O argumento é baseado em comparações com os acordos firmados por executivos das empreiteiras Odebrecht, Carioca Engenharia, UTC, Andrade Gutierrez e com o acordo de colaboração do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

    “Sras Ministras e Srs. Ministros, o objeto da presente discussão é o acordo de colaboração mais efetivo do qual se tem notícia, pelo qual executivos de uma empresa entregaram milhares de agentes políticos e usaram da ação controlada, estando em situação processual mais favorável do que inúmeros outros colaboradores”, sustentam a defesa, encabeçada pelo criminalista Pierpaolo Bottini.

    Os advogados entregaram ao STF planilhas comparativas do que foi entregue e realizado pela J&F, confrontando com a situação dos outros delatores. A intenção é mostrar que, além de o acordo ser legal, foi útil para os investigadores, é amplo e entrega provas contundentes contra agentes públicos.

    Na peça, eles também sustentam a competência do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo, para analisar o acordo.

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    “As questões suscitadas versam sobre competência relativa – uma vez que territorial – que não invalidam os atos até então praticados”, escrevem os defensores. A intenção, com essa argumentação, é manter a validade do acordo assinado e dos atos já realizados com base na delação, mesmo que o STF entenda que Fachin não deve continuar como relator.

    Para sustentar a efetividade, continuam os advogados: “Tal acordo resultou, até o momento, na prisão de um ex-deputado, de um procurador da República, de um advogado, e na denúncia de um senador, além da instauração de inúmeros inquéritos e da assinatura de um acordo de leniência que garantiu aos cofres públicos um valor superior a 10 bilhões de reais.”

    A petição argumenta que anular a delação iria “inibir novos acordos” e “abalar um importante instrumento de política criminal”.

    Comparações

    O acordo de Joesley Batista é contrastado pelos defensores com os de Marcelo Odebrecht, Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, Ricardo Pernambuco e seu filho, da Carioca Engenharia, Otávio Marques Azevedo, da Andrade Gutierrez, e Sérgio Machado.

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    Segundo o levantamento, Joesley foi quem mais delatou agentes públicos. O número utilizado são os 1.893 citados nos anexos de Joesley e Ricardo Saud, diretor de relações institucionais da J&F. Na comparação, Odebrecht fica em segundo, com 70 políticos; Ricardo Pessoa vem depois, com 50; e em seguida Otavio Azevedo (32), Sergio Machado (31) e Ricardo Pernambuco (9).

    Apesar de listar esses dados, até o momento a empresa não detalhou como cada repasse foi realizado nem detalhou possíveis contrapartidas recebidas.

    O valor da multa paga pelo empresário, de 110 milhões de reais, segundo o documento, também é superior aos demais. Como não é citado o valor pago pelo herdeiro da Odebrecht, Sérgio Machado fica em segundo, com 75 milhões de reais, seguido por Pessoa, com 41 milhões de reais.

    Ponto mais contestado no acordo, a imunidade dada ao dono da JBS e aos outros seis executivos da empresa só foi concedida a Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, que não será denunciado. Todos os outros cumprirão algum tipo de pena.

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    (com Estadão Conteúdo)

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