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No ano da vacina, o mundo enfrentou males do negacionismo e autoritarismo

Ainda não se encontrou uma proteção comprovadamente eficaz contra a intolerância, o racismo e a misoginia, para ficar nos temas mais urgentes

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 12h33 - Publicado em 23 dez 2021, 06h00
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  • A HISTÓRIA AQUI E AGORA - Doze meses de avanços e recuos: o desfile constrangedor de Bolsonaro ao lado de motoqueiros; a gasolina a preços altíssimos; os bárbaros na invasão do Capitólio, em Washington; a primeira dose recebida por uma enfermeira paulista, em janeiro; o adeus a Tarcísio Meira; a beleza de Duna, os primeiros dias de Joe Biden na Casa Branca; e o amor renovado de Taís e Lázaro -
    A HISTÓRIA AQUI E AGORA - Doze meses de avanços e recuos: o desfile constrangedor de Bolsonaro ao lado de motoqueiros; a gasolina a preços altíssimos; os bárbaros na invasão do Capitólio, em Washington; a primeira dose recebida por uma enfermeira paulista, em janeiro; o adeus a Tarcísio Meira; a beleza de Duna, os primeiros dias de Joe Biden na Casa Branca; e o amor renovado de Taís e Lázaro - (./.)

    A vacinação moderna data do fim do século XVIII, quando o médico britânico Edward Jenner criou o primeiro imunizante do mundo — contra a varíola — e o testou em um menino de 8 anos. Mais de 200 anos separam esse momento histórico da aplicação da primeira vacina contra a Covid-19 no Brasil. Em 17 de janeiro, a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, inaugurou a fila dos mais de 300 milhões de doses injetadas em brasileiros no espaço de doze meses, um feito notável em vista dos atropelos e confusões do governo federal no enfrentamento da pandemia. Atualmente, 150 milhões de pessoas estão protegidas no país contra um vírus que nos últimos dois anos mudou a rotina e as perspectivas de populações do mundo inteiro. Diante da ameaça do novo coronavírus, cientistas, universidades, institutos de pesquisa, empresas da área da saúde e órgãos públicos foram capazes de desenvolver, em tempo recorde, ferramentas para combater as infecções, manter os hospitais funcionando e, o mais importante de tudo, salvar vidas.

    O mesmo esforço precisou ser empreendido para atacar outros males que marcaram 2021. Nos Estados Unidos, a vacina contra o radicalismo pôs na prisão os líderes da invasão do Capitólio, em 6 de janeiro, que pretendiam impedir a posse do presidente eleito Joe Biden. A democracia, a melhor de todas as defesas, alimentou anticorpos contra a estupidez de um bando de alucinados incentivados por Donald Trump. No Brasil, as instituições foram firmes e fortes para conter as tentações antidemocráticas e os excessos do próprio presidente da República, que, entre outras estripulias, convocou um desfile constrangedor de veículos militares sucateados nas comemorações do 7 de Setembro. O Supremo Tribunal Federal, o Congresso e a sociedade forneceram os imunizantes contra a impetuosidade autoritária do presidente.

    Na defesa do ambiente, a ciência tem buscado formas de reduzir os efeitos nefastos das mudanças climáticas. A vacina definitiva contra o aquecimento global ainda não veio, mas os pesquisadores estão em busca de soluções que de alguma forma diminuam a incidência de tempestades de areia, furacões devastadores e incêndios incontroláveis, eventos que marcaram 2021. Neste ano, relevantes avanços — ou seriam imunizantes? — foram dados na Cúpula do Clima, a COP26, que obrigou as autoridades globais, inclusive os negacionistas do Brasil, a se comprometer com a preservação do planeta.

    Não há dúvida: 2021 foi o ano da vacina, mas há muito imunizante a ser espalhado por aí. Ainda não se encontrou uma proteção comprovadamente eficaz contra a intolerância, o racismo e a misoginia, para ficar nos temas mais urgentes. Só assim será possível olhar para o futuro com renovada esperança.

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    RETROSPECTIVA 2021:

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    O coral da retomada: as frases que marcaram o ano
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    Publicado em VEJA de 29 de dezembro de 2021, edição nº 2770

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