O presidente americano Donald Trump abastece o jato particular com baldes de frango frito de conhecida rede americana de fast-food, tem predileção por comida congelada, hambúrgueres, bacon, Doritos, batata frita e, tampouco, dispensa coca-cola diet. “Os Big Macs são ótimos. O Quarterão é excelente”, chegou a dizer publicamente sobre os lanches do McDonald’s, durante reunião promovida pela CNN no início do ano passado. E tudo isso mesmo desfrutando dos cinco chefs de cozinha à sua disposição na Casa Branca.
A pedido do jornal britânico “The Guardian”, a nutricionista Jo Travers, autora do livro “The Low-Fad Diet”, pesquisou e avaliou a rotina alimentar de Trump e se mostrou bastante preocupada com o impacto da dieta fast-food sobre a capacidade do americano de raciocinar e tomar decisões. “É um atentado à saúde”, comentou.
De acordo com a profissional, Trump não come nada que contenha ômega 3 — gordura encontrada em nozes, semente de linhaça e peixes — fundamental para o bom funcionamento das células cerebrais. “O corpo dele acaba substituindo isso por outros tipos de gorduras, que são menos fluidas, tornando mais difícil o trabalho dos neurotransmissores. Isso está muito ligado a distúrbios de humor”, explicou Jo Travers.
O café da manhã não é dos melhores. Sempre que Trump pode, pula essa refeição, mas, quando é forçado a fazê-la, ingere ovos e bacon. O ideal, segundo a nutricionista, seria reabastecer o corpo com os nutrientes que não consegue armazenar durante a noite, como as fibras presentes em frutas. “Uma dieta rica em proteínas, como a de Trump, pode aumentar a pressão sobre seus órgãos se ele não beber bastante água. E, quanto ao bacon, deveria ser cortado. É um produto de carne de porco processado que tem sido associado ao câncer, por isso seu risco de desenvolver a doença vai aumentar”, afirmou.
No almoço, o prato favorito é bolo de carne, que ele costuma comer acompanhado de pão. “Bolo de carne é só carne, essencialmente. Não tem fibra nenhuma. E, se você não alimentar suas bactérias intestinais com frutas e legumes, que têm fibras, isso pode afetar o sistema imunológico e levar a infecções”
Nem o jantar é poupado: a última refeição de Trump é, geralmente, um sanduíche ou algum outro pedido de rede de lanches. E a escolha do presidente costuma ser “um bife super bem passado” que, segundo a nutricionista, se o alimento é muito tostado, pode acarretar mudanças no DNA e também causar câncer.
Certa vez, Trump chegou a sugerir dispensar os jantares de Estado, numa tentativa de economizar tempo e dinheiro. “Deveríamos comer um hambúrguer em uma mesa de conferência”, disse.
Para quem busca dieta balanceada, a dica da especialista é preencher metade do prato com legumes e verduras, um quarto com carboidratos e um quarto com proteínas.