Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Estudo confirma papel da atividade física regular contra a depressão

Pesquisa americana aposta tanto nos exercícios aeróbicos quanto nos de resistência na prevenção e tratamento da doença

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 13h56 - Publicado em 30 abr 2021, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • NO TREINO - Não é preciso se matar de suor: os efeitos cerebrais começam a surgir em quinze minutos -
    NO TREINO - Não é preciso se matar de suor: os efeitos cerebrais começam a surgir em quinze minutos - (Skynesher/Getty Images)

    Com 300 milhões de casos no mundo, dos quais 12 milhões no Brasil, a depressão é a doença psiquiátrica mais prevalente no planeta. Contudo, por sua complexidade, é ainda um enigma para a medicina. Por isso, os pequenos avanços, e na vida é muito importante celebrá-los, são tratados com extrema euforia. O mais recente deles: os exercícios físicos têm real e decisivo impacto positivo na prevenção e tratamento do problema. Um estudo publicado na revista americana Molecular Biology mostrou que a ginástica melhora a função de estruturas cerebrais envolvidas no transtorno, como o hipocampo, o hipotálamo e a amígdala, além de reduzir o processo inflamatório dos neurônios (veja abaixo). “Os achados concluem, de modo definitivo, a indicação médica dos exercícios como terapia da depressão”, diz Eduardo Rauen, médico do esporte e professor da pós-graduação de nutrologia do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

    Arte Depressão

    Os tratamentos convencionais, à base de antidepressivos, evidentemente ainda são essenciais no restabelecimento da química cerebral. Espera-se, porém, que a atividade física possa agora reduzir a necessidade de acompanhamento medicamentoso, sobretudo nos graus leve e moderado, os mais comuns, que envolvem sentimentos crônicos como tristeza, angústia, desânimo, alterações no sono e no apetite. Pesquisas indicam que não é preciso se esfalfar no treino para sentir a mudança. Os efeitos começam a surgir a partir de quinze minutos de atividade por dia, seja aeróbica, como caminhada e corrida, seja de resistência, como o levantamento de peso. O benefício é deflagrado também em atividades mais simples, como subir escada. O decisivo é a prática regular.

    Mexer-se, claro, é indicado para o bem-estar em geral, e não apenas como alívio para quem não consegue lidar com a tristeza profunda. Mas saber identificar os primeiros sinais de depressão e então movimentar o corpo é vital. Celebra-se, portanto, uma outra boa-nova: pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, desenvolveram um exame de sangue capaz de detectar alterações de humor — o que incluiria aqui o transtorno bipolar. O estudo envolveu uma tecnologia com o RNA, molécula que armazena e transmite informações genéticas. O exame, ainda sem previsão de chegar ao mercado, também abre portas para a indicação precisa e personalizada de medicamentos e a resposta do paciente ao tratamento. As descobertas — a da relevância da malhação e a da precocidade do diagnóstico — reforçam a sensação de estarmos diante de uma nova era no combate à depressão.

    Publicado em VEJA de 5 de maio de 2021, edição nº 2736

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    3 meses por 12,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.