O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura a disseminação de fake news e ameaças a autoridades, retirou no início da tarde desta quarta-feira, 27, o sigilo de sua decisão que embasou a operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã de hoje. A ação mirou deputados federais, deputados estaduais, empresários e blogueiros aliados do presidente Jair Bolsonaro.
Veja aqui a íntegra da decisão.
Estão entre os alvos da decisão do ministro e da ação da PF os deputados federais Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Luiz Phelippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), Junio Amaral(PSL-MG), Daniel Silveira (PSL-RJ) e Filipe Barros (PSL-PR) e os deputados estaduais de São Paulo Gil Diniz (PSL) e Douglas Garcia (PSL). O ex-deputado Roberto Jefferson, os empresários Luciano Hang, dono da rede Havan, e Edgard Corona, dono da rede de academias Bio Ritmo, além do blogueiro de direita Allan dos Santos, todos aliados de Bolsonaro, também foram atingidos.
A investigação tem sido criticada por bolsonaristas, como o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), ambos filhos do presidente, por ter sido aberta de ofício pelo presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, isto é, por iniciativa própria, sem participação da Procuradoria-Geral da República (PGR), e Moraes ter sido indicado como relator sem ter havido sorteio do processo, como ocorre normalmente no STF.