O ministro Alexandre de Moraes prorrogou por 180 dias o prazo da apuração do inquérito para investigar ofensas, ameaças e fake news disparadas contra os integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) e seus familiares. O prazo das investigações terminou em 18 de julho, durante o recesso do tribunal, e com a prorrogação se estenderá até janeiro de 2020.
O inquérito está sob relatoria de Moraes, indicado pelo presidente do STF, Dias Toffoli, para a tarefa. O relator chegou a determinar a retirada do ar de uma reportagem que cita o presidente da Corte, além de duas medidas de buscas e apreensões contra críticos suspeitos de ofender integrantes do STF. O ministro recuou, dias depois, da decisão da censura sobre a revista digital Crusoé.
A Rede de Sustentabilidade moveu uma ação contra as investigações. Para os advogados da legenda, o inquérito visa a “intimidar” quem eventualmente criticar a postura dos ministros da Corte.
O inquérito também entrou na mira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Procuradoria-Geral da República (PGR), da cúpula dos militares e de integrantes do Congresso Nacional.
O inquérito abalou a imagem do tribunal e levantou críticas dentro e fora do próprio STF. O ministro Marco Aurélio já afirmou que o inquérito é “insubsistente” e “se mostrou natimorto”.
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(Com Estadão Conteúdo)