Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Impasse entre Congresso e Supremo trava projeto anticorrupção

Desfigurada, proposta de iniciativa popular baseada na campanha Dez Medidas Contra a Corrupção ficará parada até que o Supremo decida o que será feito

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h42 - Publicado em 16 fev 2017, 17h15
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O projeto de iniciativa popular apresentado ao Congresso com base na campanha Dez Medidas Contra a Corrupção, do Ministério Público Federal, entrou em um limbo jurídico e legislativo: a proposta passou pela Câmara dos Deputados, foi para o Senado, voltou para a Câmara e lá ficará parada até que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida o que deve ser feito.

    No final do ano passado, o projeto foi aprovado pelos deputados federais, mas com várias alterações, entre elas a previsão de punição por crime de abuso de autoridade a magistrados, procuradores e promotores e a possibilidade de punir policiais, magistrados e integrantes do Ministério Público de todas as instâncias que violarem o direito ou prerrogativas de advogados – membros da Operação Lava Jato, que apoiavam a campanha, viram as alterações como uma retaliação dos deputados federais ao trabalho da força-tarefa.

    Logo após a aprovação e envio da proposta ao Senado, o ministro Luiz Fux, do STF, concedeu liminar anulando a votação pela Câmara e determinou que o projeto fosse devolvido aos deputados para que a votação fosse refeita desde o início e que fosse mantido o teor original da proposta.

    O então presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), considerou a medida uma intromissão do Judiciário no Legislativo – ainda mais por ser uma decisão isolada de um ministro – e nada fez com o projeto. Já o seu sucessor, Eunício Oliveira (PMDB-CE) determinou nesta quinta-feira que a decisão de Fux fosse cumprida e a proposta devolvida à Câmara.

    Na sequência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que vai esperar a decisão do plenário do STF sobre a tramitação do projeto e disse, como Renan, que a decisão de Fux é um tipo de interferência do Poder Judiciário no Legislativo. “Mas vamos ter paciência. Como nós não vamos desrespeitar uma decisão da justiça, é preciso esperar e aguardar que o plenário do Supremo decida sobre a matéria”, afirmou.

    Continua após a publicidade

    Ele reconheceu que não sabe como deve proceder de agora em diante e defendeu que se estabeleçam novas regras para tramitação de projetos da mesma natureza. “O problema é que ficou muito confuso. O que eu faço agora? Eu devolvo (o projeto de lei) para os autores”?, questionou o deputado, que afirmou que a proposta foi avaliada de forma “contundente” pela Câmara e que a prerrogativa de legislar é dos parlamentares.

    (Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

     

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.