Integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) e do Vem Pra Rua se organizaram para limpar a fachada do prédio onde mora a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, em Belo Horizonte, Minas. Eles usaram vassouras para tentar remover a tinta que foi jogada por manifestantes na sexta-feira sobre a entrada do imóvel e também em paredes de um prédio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Ao terminarem o trabalho, deixaram flores no local.
Nesta sexta, três ônibus com militantes do PT pararam em frente ao prédio em que a ministra mantém um apartamento em Belo Horizonte e jogaram tinta vermelha nas paredes externas, deixando a fachada toda manchada. A ação, que ocorreu por volta das 16h30, durou pouco mais de dez minutos e assustou quem passava na rua, vizinhos e, principalmente, moradores do edifício.
O voto da ministra, que preside o STF, foi decisivo para negar a Lula um habeas corpus preventivo, o que culminou no decreto de prisão do petista pelo juiz Sergio Moro. Cármem Lúcia não estava no apartamento na hora do ato de vandalismos. A polícia está no local.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) assumiu a autoria do vandalismo e disse que planejou a ação assim que a ministra deu o voto minerva para negar habeas corpus ao petista em julgamento no STF – eles alegam que Cármen Lúcia não deveria ter votado por ser presidente da Corte. Testemunhas relatam que havia bandeiras do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Havia cerca de 400 militantes.