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Grupo inicia greve de fome por liberdade de Lula e é retirado do STF

Seguranças formaram um cordão e forçaram a saída dos grevistas com empurrões. PT diz que eles protocolaram no Supremo manifesto sobre a greve

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 31 jul 2018, 20h29 - Publicado em 31 jul 2018, 20h08
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  • Um grupo de seis pessoas começou na tarde desta terça-feira, 31, uma greve de fome pela libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em um processo da Operação Lava Jato e preso. O ato que marcou o início da greve durou 50 minutos e teve início às 16h, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde, segundo o PT, os militantes protocolaram um manifesto anunciando a medida.

    Formando um cordão, a equipe de seguranças da Corte forçou a saída dos grevistas da entrada do tribunal com empurrões. Três deles caíram da escada que dá acesso ao Salão Branco do Supremo, área externa do prédio usada para a passagem dos ministros quando chegam às sessões plenárias. Por meio de uma nota em seu site, o PT diz que os manifestantes foram “empurrados e pisoteados”. A assessoria de imprensa do STF não respondeu sobre a retirada dos militantes.

    Aderiram à greve de fome integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e da Central dos Movimentos Populares (CMP). De acordo com os coordenadores dos movimentos, os protestos vão ocorrer em Brasília, na frente da sede da Corte, e abrem uma série de atos que reivindicam a candidatura do petista, preso em Curitiba desde 7 de abril.

    “A ideia é só sair no dia em que Lula for solto, porque Lula representa para nós a possibilidade de restabelecer a ordem democrática, a soberania nacional e a dignidade para o povo brasileiro”, afirmou Jaime Amorim, integrante do MST de Pernambuco.

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    De acordo com Frei Sérgio Antônio Görgen, um dos grevistas, quem decidirá o fim da manifestação são os ministros do Supremo. “Nós vamos voltar todos os dias. Temos um local onde vamos permanecer, mas ainda estamos definindo qual será”, disse.

    “Qualquer coisa que acontecer com qualquer um de nós tem responsáveis com nome e sobrenome: ministra Cármen Lúcia, ministro Edson Fachin, ministro Luiz Fux, ministro Luís Roberto Barroso, ministra Rosa Weber e ministro Alexandre de Moraes”, afirmou Görgen. Os seis ministros citados por ele votaram pela rejeição do pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Lula, em 5 de abril, o que abriu caminho para a prisão do petista.

    Depois de retirar os manifestantes, a equipe de seguranças do Supremo isolou a área de acesso ao prédio principal da Corte. A Polícia Militar auxiliou no isolamento. Do lado de fora, cerca de 40 pessoas carregando cartazes pró-Lula protestavam, aos gritos de “Judiciário golpista”, “canalhas”, e “injusta condenação (de Lula)”.

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    Os grevistas almoçaram com um grupo de apoio em um espaço mantido pelos movimentos em Brasília. De acordo com Luiz Gonzaga, o Gegê, líder da CMP, esta foi a última refeição deles até que o STF determine a libertação do ex-presidente. Foram servidos costela com mandioca, arroz, feijão e melancia de sobremesa.

    A greve de fome começa um dia antes da volta aos trabalhos dos ministros do Supremo – a Corte estava em recesso. Esta é a terceira semana consecutiva em que há manifestações em frente ao STF. Na última terça-feira, 24, cerca de 20 manifestantes favoráveis a Lula jogaram tinta vermelha no Salão Branco. Uma semana antes, outros militantes criticaram decisões recentes do colegiado, o salário dos magistrados e a prisão do ex-presidente Lula.

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