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Gilmar manda investigar áudio que o acusa de receber propina

Gravação atribuída a juiz responsável pela prisão de Garotinho acusa presidente do TSE de receber para soltar o político: 'A mala foi grande'

Por Da redação
Atualizado em 24 dez 2017, 09h32 - Publicado em 23 dez 2017, 23h22
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  • O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, pediu neste sábado uma investigação sobre um áudio que circula nas redes sociais e que o acusa de receber propina para soltar o ex-governador do Rio Anthony Garotinho e para tirar a tornozeleira de Rosinha Garotinho. O pedido foi feito ao Corregedor Nacional de Justiça, ministro João Otávio Noronha, e ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia.

    O áudio é atribuído ao juiz eleitoral Glaucenir Oliveira, da Vara de Campos dos Goytacazes, que mandou prender Garotinho. O magistrado não foi localizado para comentar a veracidade da gravação.

    No áudio, o suposto juiz acusa Gilmar de “melar o trabalho sério” da Justiça. “Segundo os comentários que ouvi hoje, comentários sérios de gente lá de dentro, é que a mala foi grande”, afirma o autor da gravação. Outro trecho afirma que o presidente do TSE mandou soltar Garotinho e liberar Rosinha do uso de tornozeleira em troca de uma “quantia grande”. A gravação circulou principalmente em grupos de WhatsApp de juízes e procuradores.

    O casal Garotinho foi preso em novembro na operação que investiga supostas irregularidades na campanha eleitoral do político ao governo do Rio em 2014. São apurados os crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade na prestação das contas eleitorais. Anthony e Rosinha Garotinho negam as acusações.

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    Na nota em que pede a investigação das “graves acusações caluniosas”, Gilmar afirma que todas as suas decisões são “pautadas pelo respeito às leis e à Constituição Federal”. Confira abaixo o comunicado do presidente do TSE:

    “O ministro Gilmar Mendes solicitou providências ao Corregedor Nacional de Justiça, ministro João Otávio Noronha e instauração de inquérito ao diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, a respeito do áudio que circulou hoje nas redes sociais no qual são feitas graves acusações caluniosas à sua pessoa e às recentes decisões tomadas por ele. Também foram comunicados o presidente e o corregedor do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O ministro Gilmar reitera que suas decisões são pautadas pelo respeito às leis e à Constituição Federal”

    (Com Estadão Conteúdo)

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