Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Dirceu deixa a cadeia e faz petistas pressionarem por liberdade de Lula

Líder do partido na Câmara argumenta que, se caso do ex-presidente tivesse sido julgado nesta terça, Segunda Turma teria determinado que ele fosse solto

Por Da Redação
27 jun 2018, 10h05
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) deixou o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, na madrugada desta quarta-feira, 27, horas depois de a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) conceder uma liminar que revogou a sua prisão após pouco mais de um mês.

    Condenado em primeira e segunda instância pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, por sua participação no esquema de desvios na Petrobras, Dirceu agora, monitorado por tornozeleira eletrônica, passará a ter papel simbólico para a luta petista. Lideranças petistas pedem – juristas e até procuradores admitem essa possibilidade –, que a decisão seja estendida ao caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Parlamentares da legenda concentraram sua artilharia no fato de um pedido de Lula, semelhante a Dirceu, foi retirado da pauta pelo ministro Edson Fachin, depois que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou seu direito de recorrer ao STF. “A decisão da 2ª turma demonstra que, se não houvesse ocorrido a chicana inaceitável entre o ministro [Edson] Fachin e a vice-presidente do TRF4 [desembargadora Maria de Fátima Labarrére], o julgamento de Lula hoje teria o mesmo resultado”, disse o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS).

    Outro ponto lembrado pelo parlamentar foi a decisão de Fachin de enviar mais um pedido pela liberdade do ex-presidente para o plenário e não para a turma. “Fachin sabe que na 2ª Turma há predomínio dos garantistas. Já no plenário do STF a configuração é outra”, lamentou Pimenta.

    ‘Fadiga’

    Em conversas reservadas, advogados próximos ao PT avaliam que as decisões recentes da 2ª Turma são um indício de que para alguns ministros do Supremo a gestão da ministra Cármen Lúcia na presidência da Corte dá sinais de fadiga a pouco mais de dois meses do término. Na quarta-feira, 27, o Supremo entra em recesso e no dia 12 de setembro o ministro Dias Toffoli assume a presidência do STF.

    Continua após a publicidade

    Além da libertação de Dirceu, petistas citam outras decisões, como a anulação das provas obtidas em busca no apartamento funcional da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e a restrição das conduções coercitivas como indícios de que o pêndulo está balançando no STF.

    Liminar

    Apesar do alívio com a libertação mesmo que provisória de Dirceu, o PT depositava esperanças em um recurso impetrado pelos advogados do PCdoB que poderia, indiretamente, beneficiar Lula. Na peça assinada pelo jurista Celso Antônio Bandeira de Mello, o PCdoB usa dados das defensorias públicas sobre mais de 13 mil pedidos de prisão decretados em função da manutenção da prisão em segunda instância para pedir uma liminar enquanto o STF não julga a Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 45.

    A decisão foi endereçada ao ministro Marco Aurélio Mello, que em entrevista recente a um jornal português defendeu a libertação de Lula e fez críticas a Cármen Lúcia. Marco Aurélio, no entanto, já se manifestou contra liminares em ADCs.

    Continua após a publicidade

    Segundo fontes próximas a Dirceu, o ex-ministro estava preparado desde segunda-feira, 25, por seus advogados para a possibilidade de voltar à liberdade. O advogado Roberto Podval, responsável pela defesa de Dirceu, no entanto, evitou celebrar a decisão. “Tenho dito que a soltura de José Dirceu é apenas mais uma etapa de um longo processo”, disse ele, por meio da assessoria de imprensa.

    (Com Estadão Conteúdo)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.