A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia vai transferir 1,5 bilhão de euros (cerca de 9,1 bilhões de reais) em ativos russos congelados para a Ucrânia nesta sexta-feira, 26.
A decisão acontece após os líderes do G7 e da UE concordarem no mês passado em utilizar 50 bilhões de dólares (cerca de R$ 281 bilhões) dos lucros de ativos russos congelados em bancos europeus para financiar a compra de armas e a reconstrução do país em guerra.
“Hoje transferimos 1,5 bilhão de euros em receitas de ativos russos imobilizados para a defesa e reconstrução da Ucrânia. Não há melhor símbolo ou uso para o dinheiro do Kremlin do que tornar a Ucrânia e toda a Europa um lugar mais seguro para se viver”, escreveu von der Leyen em suas redes sociais.
Os governos ocidentais congelaram 300 bilhões de dólares (cerca de R$ 1,6 trilhão) do banco central russo em resposta à invasão da Ucrânia em 2022.
Os membros da União Europeia decidiram que 90% dos lucros seriam utilizados na compra de armas para o Exército ucraniano, enquanto os 10% restantes devem financiar ajuda não letal ao país.
O que diz a Rússia
Após o anúncio da UE, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou o envio dos ativos russos congelados à Ucrânia como “ilegal” e afirmou que a Rússia tomaria “ações bem pensadas” em resposta.
“Tais medidas da Comissão Europeia não permanecerão sem resposta”, disse ele.
Não é a primeira vez que a Rússia ameaça uma retaliação contra o uso de seus ativos congelados para financiar a Ucrânia. No mês passado, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o uso desses ativos é “um roubo que não ficará impune.”