A União Europeia (UE) formalizou nesta segunda-feira as sanções contra sete altos cargos do governo de Nicolás Maduro pela “repressão” na Venezuela. Entre os funcionários afetados estão Diosdado Cabello, ex-presidente da Assembleia Nacional e braço-direito de Maduro, e o presidente do Tribunal Supremo, Maikel Moreno.
Completam a lista o ministro de Interior e Justiça, Néstor Reverol, o chefe do serviço de inteligência, Gustavo Enrique González; a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena; o procurador-geral Tareq William Saab, e o ex-comandante da Guarda Nacional Bolivariana, Antonio José Benavides.
As sanções, estipuladas pelos embaixadores da União Europeia, foram respaldadas hoje pelos ministros de Relações Exteriores, reunidos em um Conselho em Bruxelas. As sete autoridades terão seus bens na Europa congelados e serão impedidos de viajar para o bloco.
As medidas aprovadas nesta segunda se somam às impostas em novembro, que consistem em um embargo de armas e em um veto às exportações de equipamentos que possam ser utilizados “para a repressão interna” ou para “vigiar” as comunicações eletrônicas no país.
O ministro de Relações Exteriores espanhol, Alfonso Dastis, ressaltou que esta medida é “um incentivo para ajudar a negociação”. “Sempre concebemos as sanções como um incentivo para ajudar a negociação, portanto é uma decisão que pode ser revertida ou suspensa, assim que se constate que há avanços na negociação”, disse em sua chegada ao Conselho.
A nova rodada de diálogo entre o governo e a oposição da Venezuela prevista para quinta-feira passada em Santo Domingo foi cancelada. Ainda não há uma nova data para a reunião.