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Seguindo Itália, EUA e China também planejam bloqueios contra o ChatGPT

Europa também se preocupa com a política de dados e privacidade das ferramentas que utilizam inteligência artificial

Por Da Redação
11 abr 2023, 16h40

Os governos dos Estados Unidos e da China estão planejando a regulamentação de programas baseados em inteligência artificial, como o ChatGPT. O sistema já foi bloqueado na Itália, por violar as regras de proteção de dados e ausência de filtros para menores de idade.

A administração do presidente americano, Joe Biden, deu um período de 60 dias para reunir ideias sobre como legislar os efeitos indesejados desses programas, que representam um risco para a privacidade, desinformação e mercado de trabalho. De acordo com o jornal americano The Wall Street Journal, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos já registrou um pedido formal para que novos modelos de inteligência artificial potencialmente perigosos passem por um processo de certificação antes do seu lançamento.

Já em Pequim, autoridades tornaram pública uma proposta regulatória que vai exigir segurança e legitimidade dos provedores. Nesta terça-feira, 11, a Administração do Ciberespaço da China divulgou medidas para regular os serviços de inteligência artificial generativa e disse que deseja que as empresas submetam avaliações de segurança às autoridades antes de lançar seus produtos ao público.

+ Na Austrália, prefeito pode processar ChatGPT por difamação

A nova regulação chinesa prevê que os provedores serão responsáveis ​​pela legitimidade dos dados usados ​​para treinar seus produtos de inteligência artificial generativa. Além disso, a China deixou claro que apoia a inovação, mas que o conteúdo gerado deve estar alinhado com os valores socialistas centrais do país.

A movimentação em Washington e Pequim acontece depois que uma série de gigantes da tecnologia chinesa, incluindo Baidu, SenseTime e Alibaba, apresentaram seus novos aplicativos, que variam de chatbots a geradores de imagens. Empresas como a Microsoft e a Google também pretendem incluir ferramentas de inteligência artificial nos seus serviços.

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Na Europa, outros governos também investigam a melhor forma de mitigar os riscos dessas ferramentas. Após o anuncio de bloqueio do ChatGPT da Itália, reguladores de privacidade na França e na Irlanda entraram em contato com o país para entender o motivo da proibição.

Na Alemanha, autoridades disseram que o país pode seguir os passos da Itália e bloquear o ChatGPT devido ao risco à segurança dos dados. A Agência Espanhola de Proteção de Dados também está estudando o funcionamento dessas ferramentas.

+ Biden se reúne com especialistas sobre ‘riscos’ da inteligência artificial

Além disso, a União Europeia quer que os conteúdos gerados por inteligência artificial contenham um aviso específico.

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“Em tudo o que é gerado por inteligência artificial, seja texto – já todos conhecem o ChatGPT – ou imagens, haverá a obrigação de notificar que [o conteúdo] foi criado por inteligência artificial”, disse Thierry Breton, Comissário Europeu para o Mercado Interno.

A controvérsia sobre as capacidades perigosas da inteligência artificial não se limitam apenas ao campo legislativo. Analistas também se preocupam com o futuro do desenvolvimento dessas ferramentas.

“Laboratórios de inteligência artificial entraram em uma corrida descontrolada para desenvolver e implantar mentes digitais cada vez mais poderosas que ninguém, nem mesmo seus criadores, pode entender, prever ou controlar de forma confiável”, alertou uma carta assinada por mais de mil especialistas.

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