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Por margem estreita, Moldávia diz ‘sim’ a adesão à UE em referendo

Com 99% das urnas apuradas, 50,4% votaram a favor da adesão e 49,61% contra, em meio a acusações de interferência russa

Por Da Redação 21 out 2024, 11h35

Em referendo, a população da Moldávia votou a favor, por margem estreita, da adesão do país a União Europeia, disse a Comissão Eleitoral Central nesta segunda-feira, 21. O anúncio ocorreu um dia após os moldavos irem às urnas para definirem o seu futuro em relação ao bloco europeu em meio à crescente ameaça da Rússia – à sombra da guerra na Ucrânia –, no mesmo pleito em que também escolhiam o próximo presidente do país.

Com 99% das urnas apuradas, o voto “sim” estava à frente com 50,4%, contra os 49,61% do grupo “não”, que liderava a contagem desde o início da apuração. A participação na votação de domingo ultrapassou 50% (1,5 milhões de eleitores no total), muito acima dos 33% necessários para que o referendo seja considerado válido. No entanto, a votação não tem poder vinculativo – ou seja, tem mais valor simbólico do que prático.

Acusações de fraude

Em meio ao resultado apertado, Maia Sandu, atual líder da Moldávia – que busca reeleição –, alegou que agentes estrangeiros encabeçaram uma “fraude sempre precedentes” para interferir na democracia do país. Ela, no entanto, não ofereceu informações sobre quais países estariam envolvidos no suposto ato criminoso.

“Grupos criminosos, juntamente com forças estrangeiras, hostis aos nossos interesses, atacaram o nosso país com dezenas de milhões de euros, mentiras e propaganda, com os meios mais miseráveis ​​para conduzir os nossos cidadãos e o nosso país para uma zona de incerteza e instabilidade. Temos provas e informações de que o objetivo do grupo criminoso era comprar 300 mil votos (pelo ‘não’). A escala da fraude não tem precedentes”, afirmou Sanu, conhecida pela postura pró-UE.

Sanu disputará o segundo turno com Alexandr Stoianoglo, antigo procurador-geral favorável à Rússia, após obter 42% dos votos, enquanto o rival ficou com 26%.

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Conspiração russa

Em outubro, a polícia moldava descobriu um esquema de compra de votos liderado por Ilan Shor, oligarca pró-Rússia, que teria pago 15 milhões de euros a 130 mil indivíduos para votarem contra a adesão à União Europeia. Ele nega as acusações.

Autoridades locais também afirmaram que, antes do referendo, as redes sociais foram inundadas com conteúdos cujo objetivo era semear desinformação. Além disso, foi descoberto um programa na Rússia para treinar cidadãos moldavos para protestos contra o governo, que rendeu a abertura de processos criminais contra aliados de Shor.

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Não é a primeira vez que Moscou entra no circuito de denúncias sobre interferência na política da Moldávia. Em março do ano passado, uma reportagem investigativa revelou um plano secreto do Kremlin que detalhava como, em um período de 10 anos, desestabilizar e controlar o território do país vizinho. Com o título “Objetivos estratégicos da Federação Russa na República da Moldávia”, o documento organizado pelo serviço de segurança russo, o FSB, descrevia estratégias de curto, médio e longo prazo para impedir a aproximação da ex-república soviética ao Ocidente, especialmente da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Como estratégia final, Moscou estabeleceria a “criação de grupos de influência pró-Rússia estáveis ​​nas elites políticas e econômicas da Moldávia” e “a formação de uma atitude negativa em relação à Otan”.

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