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Pesquisa prevê ‘acentuado giro à direita’ nas eleições da União Europeia

Projeções indicam que eurodeputados democratas-cristãos, conservadores e ultradireitistas terão maioria no parlamento da UE pela primeira vez

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h10 - Publicado em 24 jan 2024, 11h28
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  • Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen discursa em plenário do Parlamento Europeu. 29/03/2023
    Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen discursa em plenário do Parlamento Europeu. 29/03/2023 (Dursun Aydemir/Anadolu Agency/Getty Images)

    Um relatório do Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR), divulgado nesta terça-feira, 23, projeta que as eleições para o Parlamento Europeu, órgão legislativo da União Europeia (UE), serão marcadas por um “giro acentuado à direita”. O documento prevê o sucesso de partidos populistas “antieuropeus”, podendo comprometer o avanço de pautas fundamentais para o bloco, como é o caso da agenda climática. A ida às urnas está marcada para 6 a 9 de junho deste ano. 

    As eleições para o Parlamento Europeu de 2024 assistirão a um giro acentuado à direita em muitos países, com os partidos populistas de direita radical ganhando votos e assentos em toda a União Europeia, e os partidos de centro-esquerda e verdes [que defendem a agenda ambiental] perdendo votos e assentos”, explica o texto. 

    As projeções apontam para a vitória de ultradireitistas em nove Estados-membros: Áustria, Bélgica, República Checa, França, Hungria, Itália, Países Baixos, Polônia e Eslováquia. O Conselho estima que esse espectro político também encontre espaço em outras nove nações, mas em segundo ou terceiro lugares. Entre elas estão Bulgária, Estônia, Finlândia, Alemanha, Letônia, Portugal, Romênia, Espanha e Suécia.

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    Dança das cadeiras

    A adesão aos políticos extremistas fará com que quase metade dos assentos seja ocupada por eurodeputados que não pertencem à “supercoligação” centrista. Como consequência, é provável que eurodeputados democratas-cristãos, conservadores e ultradireitistas componham a maioria parlamentar pela primeira vez.

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    Acredita-se que a extrema direita conquistará até mais de 40 assentos. Esse disparo possibilitará a articulação de uma coalizão da “direita populista” – que incluirá o Partido Popular Europeu (PPE), o grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR) e o grupo Identidade e Democracia (ID) –, com 49% dos eurodeputados. 

    Embora ganhe força com a coalização, o tradicional PPE perderá cadeiras, acompanhando outros dos principais grupos políticos do Parlamento, como os Socialistas e Democratas (S&D), de centro-esquerda, o centrista Renovar a Europa (RE) e os Verdes (G/EFA). Eles também tiveram seu espaço reduzido nas últimas duas eleições. A parcela de assentos ocupados pela centro-esquerda deve cair de 36% para 33%; da centro-direita, de 49% para 48%.

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    Mudanças à vista

    A troca parlamentar tem potencial para alterar, e muito, a dinâmica política do Parlamento Europeu. As principais mudanças, aposta o levantamento, serão nas pautas de liberdades civis, Justiça, assuntos internos e meio ambiente.

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    “Embora os líderes europeus progressistas não possam, nem devam, dizer aos eleitores o que fazer, podem construir uma alternativa com credibilidade para esse giro acentuado à direita no mandato político atribuído ao próximo conjunto de instituições da UE. Desde o início de 2024, eles precisam contar uma história convincente sobre a necessidade de avançar num mundo perigoso”, sugere o relatório.

    Para os especialistas do Conselho, o principal receio está na redução da preocupação com o aquecimento global, a partir do avanço da coligação de “ação política anticlimática”. O baque seria sentido especialmente no cumprimento do Pacto Ecológico da União Europeia e da adoção e aplicação de políticas comuns para obedecer as metas líquidas zero nas emissões de carbono.

    Nos tópicos das liberdades civis, Justiça e assuntos internos, as implicações estariam voltadas para medidas de imigração e asilo mais rígidas. Os ultradireitistas tenderiam a pressionar a Comissão Europeia para reformar as políticas desse tema no bloco. Além disso, em assuntos externos, a guerra entre Rússia e Ucrânia estará no centro dos holofotes. Kiev pode não perder o apoio financeiro, militar e logístico já previsto, mas o número de eurodeputados simpáticos a Moscou crescerá. 

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