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ONG diz que exército matou ao menos 43 crianças em Mianmar desde o golpe

A vítima conhecida mais jovem tinha apenas 7 anos; grupo de monitoramento local estima que o número total de mortos é de 536

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 14h15 - Publicado em 1 abr 2021, 11h01
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  • KATHMANDU, NEPAL - 2021/03/31: Protesters holding burning candles while making the three-finger salute attends a candlelight vigil for those who died in protests during Myanmar's military coup at the Premises of Basantapur Durbar Square, a UNESCO world heritage site.Protest against the military coup and the ongoing violence in Myanmar. (Photo by Prabin Ranabhat/SOPA Images/LightRocket via Getty Images)
    Manifestantes prestam homenagem aos mortos pelo exército de Mianmar após o golpe em fevereiro - 31/03/2021 (Prabin Ranabhat/Getty Images)

    A organização de direitos humanos Save the Children declarou nesta quinta-feira, 1, que pelo menos 43 crianças foram mortas pelas forças armadas em Mianmar desde o golpe militar de fevereiro. A vítima mais jovem registrada tinha apenas 7 anos, no que a ONG caracterizou como uma “situação de pesadelo”.

    Segundo a emissora britânica BBC, a menina foi morta pela polícia enquanto corria em direção ao pai durante uma operação em sua casa na cidade de Mandalay, no final de março. Os militares teriam arrombado a porta, vasculhado a casa e atirado na criança, que antes estava escondida.

    Também entre os mortos estão um menino de 14 anos, supostamente baleado em sua casa em Mandalay, e um menino de 13 anos que foi baleado em Yangon enquanto brincava na rua. A Save the Children também disse que há muitos casos de crianças gravemente feridas, como um bebê de um ano que teria levado um tiro no olho com uma bala de borracha.

    Um grupo de monitoramento local estima que o número total de mortos é de 536. O dia mais mortal até agora foi o último sábado, quando mais de 100 pessoas faleceram. Testemunhas afirmam que o Exército atacou pessoas aleatoriamente nas ruas e algumas morreram em suas próprias casas.

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    Para o enviado das Nações Unidas a Mianmar, há risco de um “banho de sangue iminente” à medida que a repressão se intensifica, com aumento dos combates entre forças armadas e milícias de minorias étnicas nas fronteiras do país.

    O conflito começou há dois meses, quando os militares deram um golpe para tomar o controle do país após o partido Liga Nacional para a Democracia (NLD), de Aung San Suu Kyi, venceu as eleições por ampla margem. Protestos massivos tomaram as ruas e a repressão ficou cada vez mais inflexível: primeiro com canhões de água para dispersar a multidão, depois com balas de borracha e munição real.

    O comandante-chefe militar Min Aung Hlaing assumiu o poder quando ela foi deposta.

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    Leia também: A marcha contra a tirania em Mianmar

    A violência provocou revolta da comunidade internacional, com vários países, como Estados Unidos e Reino Unido, impondo sanções contra os militares e empresas ligadas a eles – como a Corporação Econômica de Mianmar (MEC), um conglomerado que fornece fundos para o Exército.

    Aung San Suu Kyi, presa há dois meses, e quatro de seus aliados receberam acusações de violar a lei de segredos oficiais da era colonial do país. A ex-líder também foi indiciada pela posse de walkie-talkies ilegais, violação das restrições contra o coronavírus durante a campanha eleitoral do ano passado e publicação de informações que podem “causar medo ou alarme”.

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