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Nova Zelândia lança plano de proteção contra desastres climáticos

Objetivo é preparar a população para enchentes, incêndios e outras calamidades causadas pelo aquecimento global

Por Da Redação
Atualizado em 3 ago 2022, 11h12 - Publicado em 3 ago 2022, 11h11
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  • A Nova Zelândia divulgou nesta quarta-feira, 3, seu primeiro plano nacional contra desastres causados pelas mudanças climáticas. A medida visa preparar a população para inundações, incêndios, aumento do nível do mar e outras calamidades esperadas nos próximos anos.

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    Ao divulgar o novo projeto, o ministro do Clima, James Shaw, afirmou que, embora o país esteja se mobilizando para reduzir as emissões de gases poluentes, é crucial elaborar estratégias nacionais para o enfrentamento de um provável cenário de enorme perturbação climática.

    “Já vimos o que pode acontecer. Eventos climáticos severos que antes pareciam impensáveis, mesmo apenas alguns anos atrás, agora estão acontecendo em um ritmo e intensidade que nunca experimentamos antes”, disse ele.

    Shaw acrescentou que mesmo 1,5ºC de aumento na temperatura global poderia gerar impactos significativos no modo de vida da nação.

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    O plano nacional de adaptação ao clima é o primeiro do tipo no país e é um documento extenso que fornece um roteiro para tentar proteger a infraestrutura, habitações e tesouros culturais das cidades à medida que o planeta aquece.

    Grande parte do plano está focada na orientação de pessoas, empresas e governos locais sobre os riscos de desastres climáticos que devem ser considerados no planejamento de ações públicas e individuais. A medida também irá criar portais públicos para que as pessoas acessem informações atualizadas sobre como a crise climática irá ocorrer.

    “Em vez de ter que lidar com esses eventos apenas no momento em que acontecem, estamos provendo as ferramentas para a população se preparar, e poder continuar suas vidas quando os incidentes ocorrerem”, argumentou o ministro.

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    O lançamento do plano ocorre após semanas da ondas de calor e inundações afetarem regiões em todo país. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Nick Cradock-Henry, especialista do Landcare Research, centro de pesquisa em meio ambiente e a sustentabilidade da Nova Zelândia, disse que a ação do governo é bem-vinda, mas que estava atrasada.

    “A adaptação às mudanças climáticas é um dos desafios sociais e ambientais mais complexos que enfrentamos, mas com este plano estamos pelo menos nos movendo na direção certa”, observou o cientista.

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    Entre os efeitos nocivos do aquecimento global, o aumento do nível do mar é considerado o mais ameaçador para a nação insular da Oceania. Segundo um relatório da Deep South Challenge, agência de pesquisas sobre o clima, um em cada sete neozelandeses, ou 675.000 pessoas, vive em áreas propensas a inundações. Outros 72.065 vivem em áreas que estão sujeitas a uma elevação extrema do nível do mar.

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    O levantamento também aponta que pelo menos 10.000 casas nas maiores cidades da Nova Zelândia devem tornar-se efetivamente perigosas até 2050. Considerando os dados alarmantes, o governo se comprometeu a aprovar uma legislação para deslocar a população dessas áreas de risco até o final de 2023.

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