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Lula chega a Nova Délhi para encontro do G20

O presidente deve fazer três discursos durante o evento e assumir a presidência do bloco das maiores economias do mundo no inicio de dezembro

Por Da Redação
8 set 2023, 14h34

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca à capital da Índia, Nova Délhi, para participar da reunião de líderes do G20 nesta sexta-feira, 8. Ele deve fazer três discursos durante a cúpula, com foco nas áreas de meio ambiente, guerra na Ucrânia, redução das desigualdades, combate à fome e a a maior participação das nações em desenvolvimento em órgãos supranacionais, como o Conselho de Segurança.

Segundo o Palácio do Planalto, no próximo sábado, 9, Lula vai participar de duas reuniões temáticas. A primeira será o painel “Um Planeta”, sobre desenvolvimento sustentável, transição energética, mudanças climáticas, preservação ambiental e emissões de carbono. O segundo painel, “Uma Família”, vai falar de crescimento econômico inclusivo, progresso nos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), educação, saúde e desenvolvimento liderado por mulheres.

Já no próximo domingo, 10, o presidente vai comparecer à terceira reunião, chamada “Um Futuro”, com temas como as transformações tecnológicas, a infraestrutura pública digital, reformas multilaterais e o futuro do trabalho e emprego. Na sequência, haverá uma cerimônia de transferência da presidência do G20, da Índia para o Brasil, em que o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e Lula farão discursos sobre suas diretrizes.

+ As prioridades do Brasil no G20 segundo Lula

Além disso, o petista ainda deve fazer algumas reuniões bilaterais às margens da cúpula, que ainda estão sendo fechadas pelo Palácio do Planalto e o Itamaraty. Possivelmente, Lula pode encontrar-se com Modi, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte.

Se ocorrer, a conversa entre Lula e Macron deve abordar o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. O presidente brasileiro se opôs ao que chamou de “ameaças” de retaliação comercial dos europeus ao grupo sul-americano por razões ambientais. A França é um dos países mais resistentes ao estabelecimento de um pacto de livre comércio entre os blocos, por temores de prejudicar o setor agropecuário nacional.

A cúpula marca o ponto alto das atividades do G20 e também a reta final da presidência rotativa da Índia, que será assumida pela primeira vez pelo governo brasileiro no dia 1º de dezembro. O mandato vai vigora por um ano e será encerrado na cúpula dos líderes do bloco em novembro de 2024, no Rio de Janeiro.

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Na presidência do G20, é esperado que o Brasil ganhe visibilidade com a participação direta em temas da agenda internacional. Espera-se também que Lula se apresente como um mediador possível para buscar equilíbrio nas tensas relações entre Estados Unidos e China.

O G20 é formado por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia. Atualmente, o grupo responde conjuntamente por cerca de 80% do PIB mundial e 75% do comércio internacional, além de dois terços da população e 60% do território do planeta.

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A reunião, porém, não vai contar com a presença do presidente russo, Vladimir Putin, que virou persona non grata em meio a guerra na Ucrânia, e o líder chinês, Xi Jinping, que mandou seu primeiro-ministro, Li Qiang, em seu lugar. Para esta cúpula, também foram convidados representantes de Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Ilhas Maurício, Nigéria, Omã e Singapura.

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