Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, prometeu nesta quinta-feira, 31, resolver a questão do Brexit em seis meses. Seu plano é negociar um “acordo sensato” com a União Europeia (UE) e submetê-lo a um referendo popular. Aprovada por referendo em 2016, a saída do Reino Unido do bloco é um dilema sem solução desde então.
No referendo prometido por Corbyn, haveria também a possibilidade de a população escolher permanecer no bloco.
Além disso, o trabalhista acusou o atual premiê britânico, Boris Johnson, de ser o único responsável por não ter conseguido tirar o Reino Unido da União Europeia até esta quinta-feira, 31, a data-limite estabelecida pelo bloco para a separação. Agora, o prazo foi estendido até 31 de janeiro de 2020.
A declaração se deu depois de o parlamento ter aprovado as eleições gerais antecipadas no dia 12 de dezembro, nas quais Corbyn se lança como candidato alternativo a Johnson. Já em tom de campanha eleitoral, o líder trabalhista também prometeu colocar o poder e as riquezas nas mãos da maioria dos britânicos.
Sua lista de promessas também inclui o confronto contra os poucos que “dirigem um sistema corrupto”, a reconstrução e renacionalização de alguns serviços públicos e a gratuidade do ensino superior.
Apesar do tom otimista de Corbyn, o Partido Conservador de Johnson lidera as intenções de voto com uma margem de 15 a 17 pontos porcentuais, apontaram duas pesquisas sobre as eleições britânicas nesta quinta-feira.
A consultoria de pesquisa de mercado IpsosMORI apontou que os conservadores detêm 41% das intenções de voto contra 24% dos trabalhistas, seguidos por 20% dos liberais-democratas, 7% do Partido do Brexit e 3% do Partido Verde.
Outra pesquisa realizada pelo YouGov indicou que os conservadores concentram 36% dos votos contra 21% dos trabalhistas, seguidos por 18% dos liberais-democratas, 13% do Partido do Brexit e 6% do Partido Verde.
O líder trabalhista já colocou em movimento uma enorme operação para organizar os cerca de 500.000 filiados ao seu partido, número que o faz a maior legenda da Europa. Essa campanha deve destinar recursos aos 150 distritos mais disputados do país.
A Câmara dos Comuns tem 650 deputados, e o objetivo dos trabalhistas é conseguir a maioria e nomear o primeiro-ministro. Mais de 5.000 pessoas irão de porta em porta passar a mensagem do partido aos eleitores por oito dias.
(Com EFE e Reuters)