Líderes ocidentais de países alinhados à Ucrânia, encabeçados por Estados Unidos e União Europeia, reforçaram neste sábado, 24, que a rebelião dos mercenários do Grupo Wagner na Rússia não altera o posicionamento atual em relação à guerra.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, ligou mais cedo aos chanceleres do G7 – grupo formado pelas sete economias mais industrializadas do mundo – para discutir a situação na Rússia, onde o grupo paramilitar liderado por Yevgeny Prigozhin anunciou um motim contra o presidente Vladimir Putin e atualmente opera uma ofensiva para ocupar cidades russas e avançar rumo à capital Moscou. Um porta-voz de Blinken declarou que “o apoio dos EUA à Ucrânia não muda” em meio ao conflito interno na Rússia.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, também reiterou o apoio a Kiev e anunciou um estado de alerta entre os países-membros do bloco para monitorar a crise na Rússia. O governo da Alemanha, por meio da ministra de Relações Exteriores, Annalena Baerbock, informou que acompanha “muito de perto” a situação, enquanto a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, declarou que “os eventos demonstram como a agressão à Ucrânia também causa instabilidade dentro da própria Rússia” – a embaixada italiana em Moscou, alertou aos moradores de zonas de conflito como Rostov e Voronezh que evitem circular pelas ruas.
Mais cedo, o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak fez apelos públicos tanto ao Kremlin quanto ao Grupo Wagner para que “tenham responsabilidade e protejam os civis”.
País que faz fronteira diretamente com a Rússia, a Letônia decidiu reforçar a segurança na fronteira e barrar temporariamente a entrada de russos em seu território, ressaltando que não há ameaça direta à nação.