Os países da União Europeia concordaram nesta terça-feira, 13, em conceder à Bósnia o status de candidato para ingressar no bloco, colocando a nação dos Bálcãs no início de um longo caminho para a adesão completa.
A guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, deu um novo ânimo à UE de considerar a entrada de mais países do leste europeu depois de anos de paralisação. O principal motivo é o receio de que China e Rússia possam espalhar sua influência nas nações frustradas por não conseguirem fazer parte do bloco europeu.
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Durante reunião em Bruxelas nesta terça, os ministros dos Assuntos Europeus dos 27 Estados-membros deram aval para que a Bósnia se torne uma candidata após a Comissão Europeia, braço executivo do bloco, recomendar em outubro que eles lançassem o processo de adesão.
Espera-se agora que a medida seja formalmente assinada por todos os líderes já na próxima quinta-feira, 15. O ministro tcheco dos Assuntos Europeus, cujo país detém a Presidência rotativa da União Europeia, disse que as nações estavam “enviando uma forte mensagem de seu compromisso com a ampliação do bloco”.
A ministra das Relações Exteriores da Bósnia, Bisera Turkovic, afirmou que o novo status permitirá ao país acessar novos fundos e investimentos.
“Economicamente, investidores de todo o mundo passarão a enxergar a Bósnia. É um claro lado positivo e uma chance de progresso”, disse.
Apesar da medida, ainda há um receio por parte da Europa em relação ao país devido à sua instabilidade política causada pela Guerra da Bósnia, há 30 anos. Mesmo com o sistema administrativo criado pelo Acordo de Paz de Dayton, em 1995, a nação não consegue fornecer uma estrutura básica para o desenvolvimento político nacional devido à grande divisão étnica.
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Por conta disso, a Comissão Europeia estabeleceu 14 prioridades para a reforma que insiste que o governo bósnio deve passar antes de avançar para a próxima fase, que é a abertura das negociações formais para a adesão.
Entre elas está a reforma do sistema judiciário, o combate à corrupção e mudanças constitucionais e eleitorais.
Com a mudança, a Bósnia se junta a Turquia, Macedônia do Norte, Montenegro, Sérvia, Albânia, Moldávia e Ucrânia como países que detém status de candidato a fazer parte da União Europeia. O processo, no entanto, pode levar anos, uma vez que as reformas são rigorosamente analisadas por Bruxelas.