Secretária do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ana Toni foi multada pelo Banco Central (BC) em 8 749 reais por não declarar investimentos no exterior. Segundo o BC, ela violou o artigo 1º da Medida Provisória 2 224/2001, ao “não fornecer informações regulamentares relativas a capitais brasileiros no exterior, bem como a prestação de informações falsas, incompletas ou fora dos prazos e das condições previstas”.
A multa refere-se ao atraso de três meses na declaração de capitais no ano de 2012. A declaração foi entregue em 27 de julho de 2013, após o vencimento, em 5 de abril de 2013. A notificação só ocorreu 4 anos depois e o valor foi pago “sem contestação”, diz Toni.
A multa foi paga enquanto a atual secretária do MMA era conselheira da Transparência Internacional, ONG que é investigada a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, por “eventual apropriação indevida de recursos públicos”.
Segundo o ministro, “fatos gravíssimos” não passaram pelo crivo do Poder Judiciário e do TCU. Isso porque o Ministério Público Federal (MPF), desde 2014, firmou parceria com a Transparência Internacional para desenvolver ações genericamente apontadas como “combate à corrupção”. De acordo com o ministro Toffoli, por acordo com o MPF, a Transparência Internacional ficaria responsável pela gestão dos 2,3 bilhões de reais.
Já em 2020, enquanto Diretora Executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS), Ana Toni assinou um acordo de colaboração com a Escola Superior do Ministério Público “visando a implementação de ações conjuntas que assegurem a realização de atividades acadêmicas relacionadas ao ensino e pesquisa de interesse mútuo entre as partes”. Em outras palavras: cursos, projetos e eventos.