O senador eleito Major Olímpio (PSL-SP) defendeu hoje a proposta anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro de fazer uma reforma da Previdência mais suave que o projeto levado por Michel Temer ao Congresso. Em entrevista ao SBT, Bolsonaro falou que a proposta é criar uma idade mínima para aposentadoria de 57 anos para mulheres e 62 anos para homens. Segundo Olímpio, a mudança tem o objetivo de diminuir as resistências do Congresso e facilitar a votação de uma reforma da Previdência pelos parlamentares.
A proposta de Temer para a Previdência prevê uma idade mínima para a aposentadoria de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.
Para o senador eleito, a interpretação de Bolsonaro ao propor regras mais brandas é que “o ótimo é inimigo do bom”. “É uma sinalização de que quer flexibilizar as possibilidades para poder ter o conteúdo votado”, disse o parlamentar em entrevista à rádio CBN.
Olímpio reforçou que a idade mínima proposta por Bolsonaro é uma possibilidade colocada para discussão e não um plano fechado pelo governo.
“O presidente está apresentando ainda alguns juízos de valor no imaginário, acompanhando o estudo técnico, mas manifestando através de sua experiência em 28 anos de Câmara Federal, no entendimento de buscar soluções que possam minimizar ou diminuir os obstáculos para ter uma primeira etapa ou a consolidação de uma eta de reforma da Previdência”, disse o senador eleito.
Na entrevista ao SBT, Bolsonaro sinalizou que a ampliação da idade mínima pode ser gradativa, até 2022, quando se encerra sua gestão. “O que pretendemos fazer é botar num plano da reforma da Previdência um corte até o fim de 2022. Aí seria aumentar para 62 (anos) para homens e 57 (anos) para mulheres. Mas não de uma vez só. Um ano a partir da promulgação e outro a partir de 2022″ disse.
Segundo ele, caberia ao futuro presidente reavaliar a situação e analisar um possível novo aumento da idade mínima.
Bolsonaro afirmou ainda que a ideia é que haja diferenciação de idade mínima para diferentes profissões. “Sessenta e cinco anos fica um pouco forte para algumas profissões. Tem que levar em conta isso daí. Haverá diferença para facilitar aprovação e para não fazer injustiça”, disse.
A reforma já aprovada em comissão especial e que está no Congresso estipulou como idade mínima 65 anos (homens) e 63 anos (mulheres), mas depois de uma transição de 20 anos.