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Coronavírus faz lojista planejar Dia das Crianças com brinquedo nacional

Importadores da região da 25 de Março afirmam que estoques estão abastecidos e que devem atender a demanda pelos próximos dois meses

Por Alessandra Kianek Atualizado em 14 mar 2020, 08h00 - Publicado em 14 mar 2020, 08h00
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  • O comércio popular na região da 25 de Março em São Paulo, um dos maiores centros brasileiros de venda de produtos importados da China, ainda não sentiu os efeitos da paralisação das indústrias do país asiático, causada pela disseminação do coronavírus. Importadores e lojistas afirmam que os estoques estão abastecidos e que serão suficiente para atender a demanda, ao menos, pelos próximos dois meses.

    Por prevenção, algumas empresas já começam a procurar fabricantes nacionais para substituir a mercadoria em caso de desabastecimento. “O planejamento para as compras do Dia das Crianças começa em maio. Por esse motivo, já estamos procurando fornecedores brasileiros e apostando mais nos brinquedos nacionais”, afirma o gerente do Armarinhos Fernando, Ondamar Ferreira.

    Associada ao efeito do Covid-19, a escalada do dólar, que encarece produtos importados, também pode abrir espaço para as fabricantes de brinquedos instaladas no Brasil ganharem uma fatia maior de mercado. No ano passado, as vendas de brinquedos somaram 7,29 bilhões de reais, sendo 48% desse valor referente a produtos importados, segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq). A China foi responsável por 82% desses produtos importados pelo Brasil no ano passado.

    Eletrônicos

    Os produtos que mais podem correr o risco de começar a faltar nos próximos dias na região da 25 de Março são componentes usados na fabricação de produtos eletrônicos. “E, mesmo que ocorrer, deve ser um choque temporário, porque as indústrias chinesas já voltaram a produzir”, explica André Sacconato, assessor econômico da FecomercioSP. De qualquer maneira, o comércio irá procurar alternativas e substituir por similares nacionais. “Isso irá acontecer principalmente naqueles produtos mais baratos, que não possuem muita tecnologia, vendidos em lojas populares”, completa.

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    O consumidor brasileiro deve sentir menos que o dos Estados Unidos e dos países da Ásia, porque o mercado nacional ainda é muito fechado, comparado ao de outros países do resto do mundo. A expectativa de economistas é que as entregas chinesas se normalizem em até dois meses.

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