A Black Friday deste ano vai cair no dia 24 de novembro. O tipo de pesquisa que o consumidor realiza na internet sobre a data dá algumas pistas sobre como será seu comportamento durante a liquidação.
Uma das buscas que mais cresce, segundo o Google, é justamente sobre qual vai ser o dia da Black Friday. De janeiro a setembro, as pesquisas relacionadas à data cresceram 52% em relação ao mesmo período de 2016.
As buscas também permitem identificar as áreas de interesse do consumidor. Entre as categorias que mais crescem estão as de smartphones, moda e videogames.
Com a proximidade da promoção, o Google identificou novas pesquisas relacionadas ao desejo de compra na Black Friday, como planos de operadora de telefonia, alimentos, bebidas e aparelhos de TV. “Talvez já pensando na Copa de 2018, muita gente começa a planejar a troca da TV”, afirma Victor Brotto, líder de inteligência de mercado do Google Brasil.
Segundo ele, o consumidor também modifica a pesquisa conforme vai tomando sua decisão de compra. “Primeiro faz uma busca genérica por smartphones, por exemplo. Depois vai afunilando a pesquisa, compara o desempenho do aparelho com o de outras marcas. Em seguida, pesquisa preços e lojas.”
Apesar de a Black Friday ser mais forte no comércio eletrônico, Brotto diz que as lojas físicas têm aderindo cada vez mais às promoções do período. A participação dos dois formatos de comércio atende ao desejo do consumidor. Pesquisa encomendada pelo Google mostra que entre os fatores que mais pesam na decisão de compra está o custo do frete.
“A pesquisa também mostrou um crescimento da busca pelo termo ‘retirar na loja’, sinalizando que o consumidor pode comprar pela internet, mas quer receber logo e sem pagar frete”, diz Brotto
O fator mais importante para o consumidor na hora de comprar na Black Friday ainda é o preço, seguido pela confiança na loja e na marca.
Preparativos
O comércio precisa se preparar com antecedência para a Black Friday, negociando preços com fornecedores e analisando como foi a data no ano anterior.
Nas primeiras edições da Black Friday era comum ouvir relatos de sites de grandes varejistas que saíram do ar por não suportar a demanda de acessos.
“As empresas começaram a se preparar melhor, investir em tecnologia e novas estratégias. Algumas antecipam ou pulverizam a promoção ao longo da semana, outras incentivam as compras pelo celular com oferta de frete grátis, por exemplo”, diz Brotto.
Agora, segundo ele, é o período de as empresas comunicarem seus clientes que participarão da Black Friday.