Depois de seu longo manifesto em vídeo contra a greve, Alexandre Correa, marido de Ana Hickmann que controla uma loja de produtos com o nome da apresentadora, falou a VEJA sobre os efeitos da greve geral desta sexta-feira sobre o seu negócio. “Com muita tranquilidade, posso dizer que estou deixando de faturar uns 25 000 reais.”
Correa não conseguiu abrir a loja porque seus funcionários estavam impedidos de chegar ao local, pela paralisação no transporte público. “Não sou só eu que perco. Tem os impostos também, tem comissão de vendedor e gerente, os meus fornecedores estão apoiados em vendas futuras minhas. É um efeito dominó ao contrário”, teoriza.
O empresário disse que depois do seu manifesto na rede social, em que chamou os grevistas de “cornos” e mostrou o dedo do meio, passou a receber críticas em suas fotos do Instagram. “Começa com aquela história de que eu sou branco rico e não me importo com o próximo. Elas acham que é preconceito meu. A gente fica aqui trabalhando, pagando imposto e é vítima de uma greve infundada. A greve é um direito, mas, a partir do momento em que tira o direito de ir e vir de terceiros, causando prejuízos, eu não sei que greve é essa”, se justifica.
Manifesto
Desde quinta-feira à noite, Alexandre Correa fez uma série de postagens em seu perfil no Instagram, todas na função “story” (em que as publicações são apagadas em 24h), com críticas virulentas aos grevistas. O empresário reclamou que não pôde ir à academia e não conseguiu abrir seu comércio. “Eu, que não tenho nada com o pirulito… tome! As pessoas precisam entender que um país parado em uma sexta-feira inteira é prejuízo. Isso é baderna, é coisa de gente vermelha. Quem tá incitando a fazer greve tá pensando no seu bolso, que ganha fazendo greve”, disse em uma das postagens.
Alexandre Correa mostrou o estoque da loja e reclamou do prejuízo que terá neste dia, em um vídeo em que solta palavrão e brinda o seguidor com seu dedo do meio. “Tem muita gente que ficou ofendida porque chamei manifestante de corno. Manifestante não é corno, é filho da p***. Por que não vai fazer manifestação no dia 1º de maio? Olha aqui, a empresa inteira parada.”