A crítica do ministro da Educação, Mendonça Filho, a uma disciplina ofertada pela UnB (Universidade de Brasília) intitulada “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil” teve o efeito oposto do que o esperado: a ideia tem se multiplicado pelo país. Depois da UnB, a Unicamp seguiu o mesmo caminho seguida de outras universidades públicas. Agora, a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre, também terá um programa semelhante para debater o contexto político que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Na UFRGS, as aulas não serão em uma disciplina, mas em um curso de extensão com aulas em formato de palestras de vinte minutos seguidas de debates. O curso foi aprovado na última quarta-feira (28) pelo Conselho do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). O nome do curso será “O Golpe de 2016 e a nova onda conservadora no Brasil” e ainda não tem data marcada, mas deve ocorrer ao longo do ano.
Conforme VEJA apurou, as palestras têm títulos como “O neoliberalismo e o golpe de 2016”, “A Democracia estressada: derrotas sucessivas”, “O trabalho golpeado” e a “educação golpeada”. Abaixo, a lista dos professores e aulas aprovadas pelo conselho:
Alfredo Gugliano – O Golpe de 2016 e a desdemocratização do Brasil.
Arthur Ávila – O neoliberalismo e o golpe de 2016.
Benito Schmidt– Golpe, relações de gênero e pessoas LGBTTTQ.
Caroline Bauer – Os usos do passado e(no) golpe de 2016.
Céli Regina Jardim Pinto– A democracia estava indo longe: o golpe de 2016.
Clarice Speranza – O trabalho golpeado.
Claudia Wasserman– A Democracia estressada: derrotas sucessivas.
Fernando Nicollazi– A educação golpeada.
Luis Alberto Grijó – Capítulos de um golpe anunciado: a mídia empresarial brasileira.
Mara Cristina de Matos Rodrigues – A BNCC e o golpe.
Marcelo Kunrath – Movimentos sociais, contramovimentos e o golpe de 2016.
Natália Pietra Mendez – As mulheres e a resistência ao golpe de 2016.
Temístocles Américo Corrêa Cezar – História e memória no presente.