As provas colhidas de sistemas internos da Odebrecht contra o ex-ministro de Lula e Dilma, Paulo Bernardo (PT-PR), foram anuladas nesta segunda-feira pelo ministro Dias Toffoli, do STF. O petista chegou a ser preso em 2016 na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava-Jato.
No pedido para anulação dos elementos probatórios, a advogada Veronica Sterman, que defende Bernardo, argumentou que a coleta de provas foi ilegal e comparou o processo às investigações contra o presidente.
“Paulo Bernardo Silva, à semelhança de Luiz Inácio Lula da Silva e Walter Faria, foi alvo das mesmas provas ilícitas, colhidas de forma inacreditavelmente ilegal, com frontal desrespeito à higidez probatória”, diz a solicitação.
Toffoli acatou o pedido e fez menção à decisão do ex-ministro Ricardo Lewandowski que considerou “imprestáveis” os elementos usados na denúncia de Lula.
“Na ação em curso perante a Justiça Federal de Curitiba, os elementos probatórios coincidem, ao menos em parte, com aqueles declarados imprestáveis por esta Suprema Corte nos precedentes antes mencionados, ostentando, em consequência, os mesmos vícios”, escreveu Toffoli.