O plenário do Senado aprovou na noite desta quarta-feira a indicação de André Mendonça a uma vaga de ministro do STF. Por um placar de 47 votos a favor, 32, contra e nenhuma abstenção, os senadores puseram fim a uma espera de 141 dias (cerca de quatro meses e meio) entre a indicação por Jair Bolsonaro e a sabatina de Mendonça na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Como se sabe, o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, postergou o quanto pode a realização da entrevista com o postulante ao cargo. Mendonça é a segunda indicação de Bolsonaro ao STF, depois de Kassio Nunes Marques, aprovado em outubro do ano passado. Ele assume a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello. Como é notório também, Mendonça foi escolhido por ser, segundo o Bolsonaro, “terrivelmente evangélico”.
Mais cedo, na CCJ, o placar pela aprovação de Mendonça foi de 18 votos a favor e nove, contra.
A votação no plenário do Senado transcorreu sem grandes imprevistos. Rodrigo Pacheco insistiu para que os parlamentares se apresentassem para a votação. O presidente do Senado lembrou diversas vezes a necessidade de maioria absoluta para a aprovação da indicação.
Os gritos dos senadores quando o presidente da sessão proclamou o resultado mostrou que a estratégia de Alcolumbre não deu certo.