PF mira novos alvos no caso da fraude no cartão de vacina de Bolsonaro
As ordens contra alvos da investigação foram assinadas pelo ministro Alexandre de Moraes
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta, a segunda fase da Operação Venire, que apura a existência de novos envolvidos no caso das fraudes em cartões de vacinação de Covid-19 de Jair Bolsonaro, familiares e aliados do ex-presidente.
As ordens contra alvos da organização criminosa responsável pela inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos do Ministério da Saúde, foram assinadas por Alexandre de Moraes.
“Os investigadores cumprem mandados de busca e apreensão solicitados pela PGR contra agentes públicos vinculados ao município de Duque de Caxias (RJ), que seriam responsáveis por viabilizar a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 naqueles sistemas. A ação tem como objetivo, ainda, buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento”, diz a PF.
Ao todo, são cumpridos dois mandados, nas cidades do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias. Um dos alvos é o secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), em Xerém.
A primeira fase da operação da PF foi deflagrada em maio do ano passado, quando os investigadores prenderam Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro, e outros cinco alvos.
O esquema de fraude nos cartões de vacinação produziu documentos irregulares para Bolsonaro, a filha dele Laura, além de ex-auxiliares presidenciais e seus familiares e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ).
Em maio, depois de a PF ter concluído a primeira parte das investigações contra Bolsonaro, a PGR pediu e Moraes autorizou a busca de mais provas contra os investigados.