Pacheco pedirá ao STF nomes de parlamentares espionados pela Abin paralela
Investigação da PF aponta que governo Bolsonaro teria usado estrutura da agência para monitorar ilegalmente adversários políticos
O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta segunda-feira que encaminhará um ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo uma lista com os nomes de parlamentares espionados pela Abin paralela de forma clandestina sob o governo Bolsonaro.
A investigação da Polícia Federal contra o esquema de arapongagem montado na agência sob a chefia de Alexandre Ramagem mostra que o aliado da família Bolsonaro ordenou que o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia e a então deputada Joice Hasselmann, notórios desafetos do ex-presidente, fossem submetidos a “vigilância” dos espiões.
Trechos da representação da PF que pediu autorização de Alexandre de Moraes, do STF, para a Operação Vigilância Aproximada trazem indícios de que ele próprio e o ministro Gilmar Mendes também teriam sido espionados ilegalmente.