Reabilitado no meio político e empresarial, depois da Lava-Jato, José Dirceu participou de um evento no fim de semana, em São Paulo, que serviu para mobilizar lideranças petistas em defesa da candidatura de Jorge Messias ao STF.
Dirceu foi tratado pelos petistas como “comandante”. No encontro, os militantes de movimentos sociais reforçaram que continuam lutando para que Lula escolha uma mulher negra para o Supremo. Se o presidente não acatar o pleito, no entanto, o apoio desse setor já é do Advogado-Geral da União.
“É um candidato do campo progressista, tem o apoio inclusive do Zé (Dirceu), mas não é um candidato dele”, diz um defensor da candidatura de Messias.
O jantar foi organizado pelo grupo Prerrogativas para homenagear ministros que têm ligação com movimentos sociais, à exceção de Paulo Teixeira que está em Cuba. O evento contou com o líder nacional do MST, João Pedro Stédile, e petistas de longa data, como Paulo Okamotto e Moisés Selerges, atual presidente do Instituto Lula.
Antes do evento público, algumas autoridades se reuniram na casa do coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues. Entre os convidados estavam José Dirceu, o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, Ana Estela e Fernando Haddad, o Controlador-Geral da União, Vinicius de Carvalho, o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, e um dos fundadores do Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho.
Marco Aurélio, aliás, começa a se tornar uma alternativa para assumir o Ministério da Justiça, caso Flávio Dino, um dos candidatos ao STF, substitua Rosa Weber na Suprema Corte. O presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, também está cotado.