Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam com cautela a menção ao nome do presidente da República, Jair Bolsonaro, nas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018.
Reportagem do Jornal Nacional desta terça-feira mostrou que um dos envolvidos na morte da vereadora anunciou na portaria que iria para casa de Bolsonaro, mas foi para a de Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos.
Pelo fato de o presidente ter foro privilegiado, a menção ao nome dele poderia levar as investigações sobre o assassinato de Marielle para o Supremo. Integrantes do STF ouvidos reservadamente afirmam, contudo, que ainda não está claro se a Procuradoria-Geral da República (PGR) vai abrir uma investigação contra o presidente.
Segundo a mesma reportagem do Jornal Nacional, os registros da Câmara dos Deputados mostram que Bolsonaro — à época deputado federal — estava em Brasília na data em que Marielle foi assassinada. A defesa do presidente rechaçou qualquer ligação feita entre o nome do presidente e os acusados de assassinarem a vereadora.