Empresa de Singapura se aproxima de acordo de R$ 670 milhões na Lava-Jato
Seatrium emitiu comunicado ao mercado em que informa a negociação com órgãos brasileiros
A Seatrium, empresa da indústria naval e de óleo e gás de Singapura, emitiu um comunicado ao mercado em que afirma estar próxima de um acordo de leniência com a Advocacia-Geral da União, a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal.
A empresa é investigada na Operação Lava-Jato por supostas irregularidades cometidas no estaleiro Jurong Aracruz, em Aracruz, no Espírito Santo, pela Sembcorp Marine — que se fundiu a Keppel Offshore & Marine e formou a Seatrium, em 2023. No Brasil, a empresa também opera em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.
A crença dos empresários na celebração do acordo e o alto valor da negociação fizeram com que a empresa publicasse fato relevante, mas a negociação ainda não está concluída. A AGU e a CGU ainda devem enviar a proposta ao Tribunal de Contas da União, que terá 90 dias para analisar o acordo de leniência.
O comunicado, publicado nesta segunda-feira, informa que “a empresa concordou com um acordo” de 670,6 milhões de reais, equivalente a cerca de 182,4 milhões de dólares, e que está “comprometida a continuar colaborando com as autoridades brasileiras”.
Com a participação da AGU, da CGU, e do TCU, além do MPF, a negociação atende as exigências cobradas pelos partidos PSol, Solidariedade e PCdoB sobre outros acordos de leniência firmados no passado. Nesta segunda, o ministro André Mendonça, do STF, suspendeu multas por 60 dias, período para que as empresas renegociem acordos da Lava-Jato.