Final do Paulistão premia futebol sem graça e gols achados
Venho destacando Tiago Nunes e Vanderlei Luxemburgo há algum tempo, mas Corinthians e Palmeiras não apresentaram nada de bom nesse tal "novo normal"
Nesse “novo normal” do futebol resolvi ser mais do contra do que sou normalmente. Não tem dado muito certo, mas preciso fazer a minha parte. Se é para ser novo que seja mesmo, então tenho torcido para que novos nomes surjam entre os campeões estaduais. No Paulista, minha reza falhou, mas não é preciso ser definido o campeão paulista para cravarmos que nenhuma boa novidade surgirá a partir disso. Os dois times são fracos e no Brasileiro, se nenhuma contratação for feita, serão apenas mais dois times cumprindo tabela. Venho destacando Vanderlei Luxemburgo e Tiago Nunes há algum tempo, mas corre o risco de não surpreenderem mais.
Na verdade, Luxemburgo está completando 40 anos de carreira e já demonstrou sua qualidade diversas vezes, no próprio Palmeiras, em décadas passadas, no Cruzeiro, Santos e Bragantino, em 90, quando foi campeão paulista. Não acompanhei a carreira de Tiago Nunes, mas dava gosto ver o Athletico Paranaense jogar sob seu comando. Apurei que foi campeão pelo Luverdense, de Mato Grosso, Rio Branco, do Acre, e em diversas categorias de base, ou seja, percorreu o caminho certo. Mas é Luxemburgo quem está apostando mais na garotada, como Gabriel Menino e Patrick. Luxemburgo tem isso de bom, não fica cheio de dedos para lançar jovens talentos, mesmo que para isso seja preciso barrar Bruno Henrique, Lucas Lima e Scarpa. Mas a verdade é que os dois times não apresentaram absolutamente nada de novo, futebol sem graça e gols achados.
Tiago Nunes sempre foi acadêmico em suas declarações e fala do jogo como se fosse um engenheiro explicando uma obra. Luxemburgo não era assim, mas nas últimas entrevistas tem entrado para o time dos explicadinhos e só fala “marcação no primeiro terço do campo”. É Luxa tentando se enquadrar no “novo normal”. Em busca dessas novidades, tenho apostado minhas fichas nos times do interior e, por isso, torci para o Novo Hamburgo contra o Grêmio. Fugir do óbvio é isso! No Paraná, fui vencido e se classificaram Athletico x Coritiba. Em Minas, ainda pode dar Tombense, onde está trabalhando meu amigo Edinho, que fez história na zaga tricolor.
Na Bahia, o Atlético de Alagoinhas, de Magno Alves, vai disputar com o Bahia, de Roger, para quem torço muito. Roger, mil perdões, mas ser um “novo normal” é cravar no Atlético. Em Pernambuco, minha mandinga funcionou e deu Santa Cruz x Salgueiro, assim como no catarinense, que ficará entre Juventus, Chapecoense, Brusque e Criciúma, com Figueirense e Avaí de fora. Essa vida de se transformar em “novo normal” não é fácil, não. O secador precisa ser de última geração! E para quem pensava em secar o português, esquece, o Flamengo, malandro, o trocou por um espanhol. Por fim, aproveitando a onda, os comentaristas bem que poderiam aderir novos jargões, deixando de lado “jogador de beirinha”, “atacante agudo” e por aí vai!