É mais que emblemático que o Ministério Público Federal (MPF) tenha decretado o fim do caso do triplex do Guarujá.
O processo foi o primeiro que levou à condenação do ex-presidente Lula e que marcou na História a cena do dia 7 de abril de 2018, quando Lula deixou a sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, para ser levado para a prisão pela Polícia Federal.
Lula foi retirado das eleições de 2018 por causa desse processo. Foi preso por uma decisão do então juiz Sérgio Moro, depois considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Mensagens de integrantes da Operação Lava Jato de fato confirmaram a relação promíscua e a postura tendenciosa e política de Moro e dos procuradores da força-tarefa, neste processo.
Nesta terça-feira, 7, o juiz Sergio Moro chegou a dizer que “manobras jurídicas enterraram de vez o caso do triplex”. Ora, manobras jurídicas da Vara de Curitiba é que levaram à condenação de Lula rapidamente para tirá-lo do pleito em 2018.
Prazo prescricional
A idade avançada de Lula é o motivo para a “morte” do processo. Como as condenações foram anuladas, o processo teria que começar do zero.
O prazo prescricional corre pela metade para pessoas com mais de 70 anos. Lula tem 76. Isso significa que, mesmo que fosse novamente condenado, a pena de Lula estaria prescrita até que pudesse ser colocada em prática.
O ex-presidente tem liderado todas as pesquisas de intenção de votos e, em algumas, como mostrou a coluna, vence no primeiro turno.
O posicionamento do MPF joga uma pá de cal nesse caso específico. Ainda existem outros processos contra Lula, mas a notícia desta terça, 7, é emblemática e deixa Lula mais livre do que nunca.