“A tortura é um fator de despersonalização, de desumanização. Com a tortura, o indivíduo se torna sub-cidadão. A Anistia é para perdoar, esquecer comportamentos ilícitos de particulares contra o Estado, mas não é para anistiar agentes estatais. A lei não pode anistiar o Estado” (Carlos Ayres Britto, ex-presidente do STF, após ouvir os áudios de ministros do Superior Tribunal Militar sobre as bárbaras torturas ocorridas durante a ditadura, e lembrando o grave erro do Supremo ao analizar a Lei da Anistia em 2010. Na época, a corte, em plena democracia, manteve o entendimento vergonhoso dos militares que a sancionaram em 1979 – ela foi feita sob o comando e o interesse do regime para perdoar torturadores brasileiros)