O presidente Lula está sendo injustiçado na avaliação dos 100 dias de seu terceiro governo.
Há cobranças injustas e comparações esdrúxulas.
Nenhum governo após a redemocratização teve, no seu oitavo dia, uma ameaça de golpe de Estado, com invasão dos três poderes e quebra-quebra por terroristas defensores do adversário.
Em pouquíssimo tempo, Lula conseguiu unir toda a federação, o Supremo e o Congresso em torno da defesa da democracia.
O momento mais decisivo desses 100 dias, então, foi o oitavo.
O petista teve de sair do interior de São Paulo e reunir todo o poder do Brasil – incluindo os governadores e representantes dos municípios – em um movimento político nada menos que histórico.
Esse é o ato definidor do seu governo até aqui.
Você, leitor, pode avaliar que o presidente teve bom ou mau desempenho – sendo insuficiente, como, por exemplo, a lentidão da máquina pública sob sua direção.
Mas este não é um governo que começou como os outros. Lula 3 começou, na verdade, desafiado ao extremo – não só a existência dele, governo, assim como a própria democracia.
Testado ao extremo, fez a coisa certa. Parabéns, Lula.