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Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Sob Lula, Globo recebe mais da Secom do que em 4 anos de Bolsonaro

Contratos de publicidade do governo com a emissora superam soma de outros 17 conglomerados de TV

Por Bruno Caniato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 nov 2024, 17h59 - Publicado em 13 nov 2024, 17h51
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  • Entre 2023 e 2024, a Rede Globo recebeu 177,2 milhões de reais em publicidade do governo federal por meio da Secretaria de Comunicação (Secom). O montante supera os 177 milhões que o Palácio do Planalto pagou à emissora e suas afiliadas durante a presidência de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022.

    Os números foram levantados por VEJA na base de contratos da Secom e consideram as peças publicitárias veiculadas entre janeiro e outubro de cada ano.

    Somente em 2024, a Globo já foi agraciada com cerca de 87,2 milhões de reais, valor que supera os 86,3 milhões contratados durante todo o ano de 2022, ano em que o governo Bolsonaro mais favoreceu a emissora.

    Valor pago à Globo supera soma de todas as TVs

    De janeiro a outubro do ano atual, a Globo representou 53% dos 164,4 milhões de reais gastos em inserções do governo nas principais TVs do país.

    Na prática, o valor da publicidade recebido pela Globo em 2024 é maior que a soma dos contratos com 17 outras redes televisivas.

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    A mesma vantagem foi observada em 2023, quando o grupo da família Marinho fechou 130,5 milhões de reais em negócios com o governo — mais do que os 127 milhões que a Secom de Bolsonaro destinou a todas as TVs do Brasil em 2019.

    Record fica na vice-liderança, mas verba cresce desde 2023

    Segunda no ranking de emissoras favorecidas, a Record TV recebeu 35,8 milhões de reais da Secom neste segundo ano de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2023, faturou 41,1 milhões, menos de um terço do que foi  pago à Globo.

    O império midiático de Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, liderou em verbas publicitárias do Executivo entre 2019 e 2020, mas perdeu gradativamente espaço nos anos finais da gestão Bolsonaro até ter a fatia do bolo cortada após o retorno de Lula à presidência.

    Completando o “top 5” das emissoras que mais fecharam contratos com a União, em 2024, aparecem SBT (23,2 milhões), Grupo Bandeirantes (11,7 milhões) e RedeTV! (2,1 milhões).

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