Alvo de dois mandados de busca e apreensão e peça central no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura a disseminação de notícias falsas e ataques a Corte, o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, do portal Terça Livre, gravou um vídeo – segundo ele, dos Estados Unidos –, no qual acusa os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso de colocarem sua família em risco e coordenaram um plano para cassar o presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em uma transmissão virtual organizada pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), Allan dos Santos diz que fugiu do Brasil por estar sendo ameaçado. “Quero dizer aqui para todos. Se alguma coisa acontecer comigo ou minha família, só veio dessas pessoas e grupos: embaixada da China em Brasília, embaixada da Coreia do Norte em Brasília, do Kakay [advogado Antônio Carlos de Almeida Castro], que é do PT, do Barroso ou do Alexandre. Não tem como vir de outra pessoa. Estão colocando a minha vida em risco. Estou dando esta informação porque tenho essa informação”, diz o blogueiro.
https://twitter.com/Jouberth19/status/1289163773274554369?s=20
Sem apresentar provas, Allan dos Santos afirma que há um plano em andamento para “cassar o presidente Bolsonaro”. “Estão fazendo escuta telefônica. Fizeram duas operações de busca e apreensão na minha casa para colocar escutas. Minha casa, creio, foi a única que teve duas operações de busca e apreensão, porque eles colocaram escuta na primeira busca e apreensão e retiraram na segunda, provavelmente. Fizeram de tudo para obter qualquer tipo de informação que pudesse criminalizar o presidente Bolsonaro e utilizar isso no TSE, mas até agora não encontraram”, acrescenta.
Na manhã desta sexta-feira, 31, as palavras “gravíssimo”, ABIN (Agência Brasileira de Informação), Coreia do Norte, Allan dos Santos e “exilado” são cinco dos assuntos mais comentados do Twitter. Apoiadores e simpatizantes do blogueiro estão endossando sua denúncia. “As denúncias feitas pelo jornalista Allan dos Santos, perseguido e exilado pela ditadura da toga, são gravíssimas. Se comprovadas, não é caso de impeachment. Trata-se de prisão em flagrante dos envolvidos”, escreveu o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), um dos membros da tropa de choque bolsonarista na Câmara dos Deputados.
As denúncias feitas pelo jornalista @allanldsantos, perseguido e exilado pela ditadura da toga, são gravíssimas. Se comprovadas, não é caso de impeachment. Trata-se de prisão em flagrante dos envolvidos.
— Filipe Barros 🇧🇷 (@filipebarrost) July 31, 2020