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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Nunes e Boulos trocam farpas sobre apagão em primeiro debate do 2° turno

Adversários se enfrentaram nesta segunda-feira, 14, no primeiro debate do segundo turno; embate teve 'abraço' e troca mútua de acusações

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 out 2024, 13h15 - Publicado em 14 out 2024, 23h32
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  • O apagão que deixou 2,1 milhões de pessoas sem energia elétrica em São Paulo e na região metropolitana pautou a maior parte do tempo do debate entre os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB), que se enfrentam na TV Bandeirantes na noite desta segunda-feira, 14. Ambos defenderam o fim da concessão à Enel, mas buscaram responsabilizar autoridades diferentes pelo episódio.

    “Temos dois responsáveis, a Enel e o Ricardo Nunes”, disparou Boulos logo no começo, acusando seu adversário de não ter se mobilizado para melhorar o serviço de podas de árvores na cidade. O prefeito buscou culpar a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o governo Lula, dizendo que eles é quem deveriam ter fiscalizado as condições do contrato.

    O bloco finalizou com perguntas de Boulos sobre a investigação da máfia das creches e o emedebista mencionou a absolvição de André Janones (Avante) na Câmara. “Você não sabe muito bem o que é trabalhar, né?”, provocou Nunes. O psolista respondeu que o prefeito “não tem autoridade moral para falar de trabalho” e o desafiou a abrir seu sigilo bancário. “Eu abri agora o meu sigilo bancário. Você abre o seu?”

    No segundo bloco, de perguntas de jornalistas, Boulos repetiu a proposta de liberar motoristas de aplicativo do rodízio e disse que, se for eleito, pretende autorizar o retorno da publicidade nos táxis. Durante as respostas, Nunes ironizou o adversário: “Você vai acabar votando em mim. Tudo o que eu estou fazendo você diz que vai fazer”.

    Boulos retomou o desafio de abrir o sigilo bancário no começo do terceiro bloco, e Nunes disse que suas contas “já são abertas”. O tema da saúde e da relação com o governo Lula voltaram, e o prefeito tentou se colocar como um articulador com o governo federal.

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    O deputado questionou Nunes sobre um elogio que ele fez à condução de Jair Bolsonaro da pandemia de covid-19. O emedebista a princípio se esquivou, depois disse que falava apenas do passaporte vacinal, mas sem mencionar o ex-presidente. “Vacina a pessoa tem que tomar mesmo. A questão que eu falei é do passaporte da vacina.”

    O embate entre os dois adversários, em dado momento, teve um “abraço” entre os dois. Eles trocavam provocações, quando o prefeito perguntou a Boulos se ele estava bem. “Eu estou, e você?”, disse o deputado, e os dois se abraçaram.

    Nos últimos instantes do debate, os dois adversários trocaram farpas sobre uma declaração mais antiga do coronel Mello Araújo, vice de Nunes, sobre o tratamento diferente que a polícia deveria dar ao morador da periferia e dos Jardins, bairro da zona sul de São Paulo. “O problema é que ele não gosta de polícia”, disse o prefeito, sobre o deputado. Boulos rebateu: “Quem corre de polícia é quem está na máfia da creche”.

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